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Resgate perigoso no RS

Bombeiro relata tiroteio durante resgate a afetados pela chuva no RS; veja

Márcio Cardoso, bombeiro civil e técnico em enfermagem que está em Porto Alegre, participou de um resgate inusitado e perigoso

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: SBT News
Foto: SBT News

Em meio às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, o estado ainda sente insegurança por conta de crimes. Márcio Cardoso, bombeiro civil e técnico em enfermagem que está em Porto Alegre, participou de um resgate que foi marcado por um tiroteio.

De acordo com o SBT News, o bombeiro estava na companhia de dois militares e a equipe de enfermagem quando foi buscar ilhados em um prédio, durante a noite.

“Eles estão bem relutantes a sair, tem uma certa criminalidade à noite. O pessoal está invadindo os apartamentos. A gente conseguiu chegar para retirar as famílias, deu um tiroteio. A gente conseguiu convencer eles a sair, mas na hora deu essa questão, tivemos que nos retirar e agora estamos retornando para buscar essas famílias”, contou.

Sem expectativa de quando a água vai baixar e sem prever quando os trabalhos vão terminar, Márcio afirma estar com o “coração a mil” e foco no que fazer.

“Resgatar o pessoal, reestabelecer a ordem e é isso”.

Isolados e sem água, comida e oxigênio

O bombeiro estima que já ajudou pelo menos 400 pessoas, também em Canoas, outra cidade atingida pelo desastre e onde começou os primeiros trabalhos. Cardoso teme, porém, por aqueles que relutam em sair de casa.

“Tem muito idoso, o pessoal reticente em sair de casa, não querem perder o pouco que tem e acham que estão seguros, mas quando a gente entra nos prédios, eles não têm água, alimento, o mínimo de condição”, alega.

Outro temor é o nível da água. Sem imaginar quando a inundação baixará, Cardoso afirma que, em alguns pontos onde está navegando, o nível chegou a subir 80 centímetros.

Segundo o SBT News, em outros endereços, pessoas estão ficando ainda mais debilitadas por falta de oxigênio em casa. As equipes de resgate estão em busca do item para levar às vítimas e levar esses moradores a locais seguros.

“Vamos focar em quem precisa mais agora”

Diante do cenário devastador, o bombeiro deixou a família para atuar nos resgates. Além disso, a companheira de Márcio também está na linha de frente, trabalhando no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

“Minha mãe teve um problema de saúde quando eu estava no meio da embarcação. Meu pai me ligou várias vezes e eu consegui ver a mensagem duas horas depois, e aí eu tudo certo no final”, conta, emocionado.

“Tudo bem, tudo certo, vamos focar em quem precisa mais agora. É ajudar”.

*Com informações do SBT News

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