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Barco de SC desaparecido há 4 meses: inquérito aponta causas do desaparecimento

O último sinal emitido pelo barco de SC desaparecido há 4 meses foi no dia 04 de novembro

• Atualizado

Renato Becker

Por Renato Becker

Foto: divulgação
Foto: divulgação

A Marinha do Brasil encerrou o Inquérito Administrativo que apurava as causas e o contexto do desaparecimento da embarcação Manuela Simão. O relatório foi divulgado pelo órgão neste final de semana (9 e 10). O barco, que tinha seis tripulantes, teve o último sinal enviado pela tripulação foi no dia 4 de novembro de 2023, e nunca mais foi visto.

O barco desapareceu na costa do Rio Grande do Sul, de acordo com o Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI). A Marinha do Brasil fez buscas, mas nenhum sinal da embarcação ou dos seis tripulantes foi encontrado nestes quatro meses desde o desaparecimento.

As buscas iniciaram no dia 12 de novembro de 2023 quando a SALVAMAR SUL tomou conhecimento da ocorrência. Os tribulantes e a embarcação seguem desaparecidos.

Relatório da Marinha do Brasil aponta falhas

O relatório de Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), instaurado em 7 de dezembro de 2023, apontou fator de imprudência: “visto que a embarcação navegava em área não autorizada, estando aproximadamente a 120 milhas náuticas de distância da costa, uma vez que o limite permitido para sua navegação era de até 20 milhas náuticas”.

O documento concluí que a causa é indeterminada “em virtude da escassez probatória do naufrágio e o desaparecimento dos tripulantes da embarcação”. Os autos foram encaminhados ao Tribunal Marítimo (TM).

Conforme a apuração da Marinha do Brasil, o mestre do barco era habilitado como Condutor Motorista de Pesca (CMP), quando deveria ser habilitado como Patrão de Pesca de Alto Mar (PAP).

A investigação aponta que a embarcação possuía três tripulantes sem habilitação, o que não é permitido.

O relatório destaca que Serviço Meteorológico Marinho Brasileiro, operado pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) emitiu ‘Aviso de Mau Tempo’, relativos a vento forte, mar grosso a
alto e ressaca, válidos para a região onde estava embarcação, o que podem ter corroborado para o acidente da navegação.

“Outrossim, ficou evidenciado o atraso em comunicar o desaparecimento da embarcação à Marinha do Brasil, fato que pode ter afetado nas buscas pelos tripulantes. Entretanto, não cabe a Autoridade Marítima averiguar o dolo ou a culpa pelo atraso na comunicação”.

marinha do brasil

A família do proprietário do barco, que também estava embarcado e segue desaparecido, foi procurada, mas não preferiu se manifestar sobre o relatório.

Relembre o caso do barco de SC desaparecido há 4 meses

A embarcação Manuela Simão desapareceu na costa do Rio Grande do Sul, de acordo com o Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SIDIPI). O desaparecimento veio à tona nesta semana, depois que a embarcação, associada à entidade, não aportou na data prevista. O último sinal enviado pela tripulação foi no dia 4 de novembro. A Marinha do Brasil iniciou as buscas.

Conforme o sindicato, neste cruzeiro de pesca a embarcação Manuela Simão, da modalidade de cardume associado, contava com seis tripulantes a bordo: o armador e mestre Madson Orlando Simão e os tripulantes João Maricelo Matos Santana, Rafael Matos Santana, Elizandro Rodrigues Silveira, Arildo Honorato e Edmar Marcelino Ribeiro. 

Segundo o SIDIPI, desde a descoberta do desaparecimento foi emitido um pedido de ajuda às embarcações que pudessem estar operando próximo à região. A Marinha também segue nas buscas.

O último sinal emitido pelo PREPS (Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueira) foi no dia 04 de novembro nas seguintes coordenadas: latitude 33º11’26.00”s e logitude 50º33’41.00”w. 

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