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Tragédia em Saudades

“Ato covarde”: creche se tornou alvo de agressor pois vítimas não teriam como se defender

De acordo com a polícia, o agressor definiu o local do ataque cerca de quatro dias antes do crime

• Atualizado

Camilla Martins

Por Camilla Martins

Foto: Kleber Rita/SCC SBT
Foto: Kleber Rita/SCC SBT

“A raiva dele era contra qualquer pessoa. Ele atacaria qualquer pessoa em algum momento”. A declaração dada pelo delegado da Polícia Civil, Jerônimo Marçal Ferreira, sintetizou a motivação do ataque à Escola Infantil Pró-Infância Aquarela no último dia 04 de maio, no Oeste catarinense. De acordo com a polícia, Fabiano Kipper deixou bem claro que a escolha pela creche como alvo do ataque foi devido à “fragilidade das vítimas”.

O agressor definiu o local do ataque cerca de quatro dias antes do crime, a partir do momento em que as armas compradas pela internet chegaram na casa dele. Segundo o delegado Jerônimo Ferreira, a intenção inicial do homem de 18 anos era atacar pessoas com quem ele já havia tido certo convívio na escola. “Ele tentou adquirir arma de fogo de várias formas, em várias oportunidades e não conseguiu. Como ele não conseguiu, ele achou que não daria conta de enfrentar esses rapazes [da escola] com arma branca”, explicou o delegado.

“O ato dele por si só já seria covarde porque foi contra crianças e contra mulheres que não tinham condições de se defender”, disse Jerônimo. O delegado ressaltou que a decisão do agressor por mudar o local do ataque tornou o ato ainda mais covarde, pois Fabiano Kipper “não se garantia contra aquelas outras pessoas” e decidiu matar inocentes.

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O crime

Na terça-feira, 04 de maio, Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, invadiu Escola Infantil Pró-Infância, no município de Saudades, e matou com golpes de faca duas servidoras do local e três bebês com menos de dois anos de idade. Uma criança de 1 ano e 8 meses sobreviveu ao ataque, apesar de ter sido atingida no rosto no pulmão.

O agressor ficou internado no Hospital Regional do Oeste até a ultima quarta-feira (12) e foi levado para o Presidio de Chapecó assim que recebeu alta. De acordo com a Polícia Civil, durante o interrogatório o agressor dispensou a presença de um defensor.

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