Ato contra feminicídio pede justiça por jovem grávida morta em Lages; veja vídeo
Ana Julia Floriano, de 19 anos, foi morta pelo ex-namorado
• Atualizado
Em Santa Catarina, pelos dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), dos municípios com maior incidência de casos de feminicídios, Lages ocupa a 5ª posição, com 11 registros, distribuídos entre um em 2015, um em 2016, dois em 2017, um em 2018, três em 2019, um em 2020 e dois em 2021 (até as 15h de 17 de junho).
Só em junho, em um período de 15 dias, duas mulheres foram assassinadas pelos ex-namorados, na cidade. Na tarde deste sábado (26), um ato contra feminicídio foi realizado em frente ao local onde uma dessas vítimas, Ana Julia Floriano, de 19 anos, que estava grávida, foi morta pelo ex-namorado.
Com gritos de “justiça” e “lugar de assassino é na cadeia”, o grupo pediu um basta da violência contra a mulher. Confira a cobertura realizada pela Rádio Clube, do Grupo SCC:
Dois feminicídios em 15 dias
Mulher é atacada com golpes de faca pelo ex-namorado:
Na manhã do dia 2 de junho, no bairro Habitação, em Lages, uma mulher foi morta após ser atacada com golpes de faca pelo ex-namorado que não aceitava o término do relacionamento. De acordo com informações preliminares, o homem entrou na casa por volta das 09h e agrediu a vítima no pescoço. Ele fugiu do local do crime, mas foi localizado na Central de Polícia e foi detido.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher e o agressor namoravam há cerca de dois meses e há alguns dias ela teria decidido encerrar o relacionamento. Os policiais foram acionados para um chamado de “discussão entre casal” que resultou em agressão e morte.
Segundo familiares, a mulher tinha três filhos e dois deles estavam no local no momento do crime. A irmã da vítima também estava na casa e, ao tentar proteger a vítima dos golpes, foi atingida também e foi levada ao hospital.
Ana Julia Floriano, de 19 anos, morta pelo ex-namorado:
No início da tarde de quarta-feira (16), Ana Julia Floriano, de 19 anos, foi morta pelo ex-namorado, no Centro de Lages. A jovem estava grávida de aproximadamente dois meses e foi assassinada com dois tiros. O principal suspeito é João Lucas de Oliveira.
O suspeito já possuí registros policiais por casos de violência doméstica em relacionamentos anteriores. Além disso, possuí inúmeras passagens por furtos. Ana Júlia já havia registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-namorado em 2020, contudo, não quis dar continuidade às denúncias. Em uma das ocorrências, Ana relatou que João Lucas chegou a ameaçá-la de morte.
De acordo com a Rádio Clube de Lages, o ex-namorado, suspeito de ter cometido o crime, acompanhou a vítima até a porta do apartamento, onde teria efetuado os disparos e depois fugiu do local. A Polícia realiza buscas para localizá-lo.
Rede Catarina de Proteção à Mulher
A Rede Catarina de Proteção à Mulher é um programa institucional da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) direcionado à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, estando pautado na filosofia de polícia de proximidade e buscando conferir maior efetividade e celeridade às ações de proteção à mulher. O programa se sustenta em ações de proteção, no policiamento direcionado da Patrulha Maria da Penha e na disseminação de solução tecnológica.
A Rede Catarina de Proteção à Mulher foi idealizada a partir de práticas existentes por todo território nacional e em Santa Catarina, a citar na cidade de Chapecó, porém, a presente Rede transcendeu os programas e projetos experimentados de Patrulha Maria da Penha. A Rede Catarina de Proteção à Mulher é mais que uma patrulha; é mais que uma ronda de fiscalização de medidas protetivas.
É, de fato, a necessária atenção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, dando-lhes voz e dignidade a partir do conceito de que é possível fazer mais e melhor, de forma mais simples e efetiva.
– É proteção da mulher
– É igualdade de gênero
– É fortalecimento de vínculos (cidadã – Polícia Militar)
– É atendimento qualificado (emergencial e assistencial) mais célere e efetivo
– É protagonismo policial militar
– É respeito à dignidade da mulher
– É a efetividade das medidas protetivas
– É controle das informações
– É inovação (solução tecnológica)
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