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Denúncia

Música de cantora gospel sobre exploração infantil na Ilha de Marajó acende alerta

Após a apresentação em um reality show, a jovem ainda denunciou casos de exploração sexual na Ilha

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: reprodução/EAD Unicesumar
Foto: reprodução/EAD Unicesumar

A participação da cantora Aymeê Rocha na semifinal do reality show gospel ‘Dom Reality’ teve repercussão nacional nos últimos dias. Em sua música autoral, chamada Evangelho de Fariseus, a jovem relata diversos problemas em âmbitos como religião, meio ambiente e política, tanto na humanidade quanto no Brasil. Entre eles, menciona os problemas socioeconômicos e o tráfico sexual de menores na Ilha de Marajó, no Pará.

“Enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu, esperando os ceifeiros da grande seara”, diz um trecho da canção.

Reprodução/EAD Unicesumar

Logo depois de sua apresentação, a jovem cantora é questionada por um dos jurados sobre a música e sobre o que já viu. Ela então contou que “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos, tem pedofilia em nível “hard“. Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes. As crianças de 5, 6, 7 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas saem em uma canoa e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais”.

Nos últimos dias, a Ilha de Marajó tem repercutido em todo o país, com questionamentos sobre o que acontece no local e o que as autoridades fazem para conter a situação.

Relembre o caso da Ilha de Marajó

SBT News

Em outubro de 2022, em um culto evangélico, Damares Alves disse ter descoberto há três anos que crianças da Ilha do Marajó (PA) eram traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e regimes alimentares que facilitam abusos sexuais. A senadora eleita, no entanto, não apresentou provas dos crimes. 

“Eu vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral”, relatou Damares.

Ela afirmou, ainda, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos”, que no MMFDH há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas e que um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) enviou à Justiça Federal do Pará, uma notícia-crime contra a ex-ministra por prevaricação diante de possíveis casos de abuso sexual de menores na Ilha de Marajó. Segundo o ministro, não cabe ao Supremo analisar o caso, já que Damares não exerce mais a função de ministra e, apesar de ter sido eleita senadora pelo Republicanos do Distrito Federal, nas últimas eleições, ainda não foi diplomada para o cargo.

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