Acusada de stalking em SC pode ser internada após laudo psiquiátrico
A investigação indica que a perseguição começou há cerca de cinco anos, após a acusada ter feito uma consulta odontológica com a primeira vítima
• Atualizado
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a internação provisória de uma mulher acusada de stalking — após perseguir e ameaçar um casal em Itapema. A solicitação veio após laudo pericial apontar que ela sofre de transtorno psicótico e não entende a ilegalidade dos próprios atos.
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A 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema pediu à Justiça a substituição da prisão preventiva por medida de segurança, com internação em hospital psiquiátrico da rede pública.
Segundo o laudo, elaborado em um incidente de insanidade mental, a mulher tem um transtorno psicótico não orgânico que compromete a percepção da realidade e representa risco de reiteração das condutas caso não receba tratamento adequado.
Stalking durava há cinco anos
A investigação indica que a perseguição começou há cerca de cinco anos, após a acusada ter feito uma consulta odontológica com a primeira vítima. A partir de então, ela teria idealizado um relacionamento amoroso inexistente com o dentista, e passou a enviar mensagens constantes e ofensivas.
Quando descobriu o namoro dele com outra mulher, a segunda vítima passou também a ser alvo de perseguições.
De acordo com o Ministério Público, a acusada criou perfis falsos, invadiu espaços privados e expôs as vítimas nas redes sociais com ofensas, ameaças e até referências ao trabalho delas.
Em 7 de janeiro, ela foi notificada sobre medidas cautelares, que incluíam manter distância mínima de 200 metros e não fazer nenhum tipo de contato ou menção às vítimas.
Mesmo assim, a mulher teria desobedecido às ordens no mesmo dia, publicando textos ofensivos nas redes sociais e enviando dezenas de e-mails ao dentista.
Diante disso, a prisão preventiva foi decretada em 3 de fevereiro, após o MPSC alegar risco à integridade das vítimas. A Justiça também aceitou a denúncia por perseguição, ameaça e desobediência, além do pedido de avaliação psiquiátrica, que agora embasa o pedido de internação.
Apesar do diagnóstico de inimputabilidade, o promotor de Justiça Leonardo Fagotti Mori destaca que “a ação penal deve prosseguir, uma vez que a inimputabilidade não implica automaticamente absolvição”.
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