22 anos após crime, pastores são condenados por morte de adolescente
Religiosos foram condenados por homicídio. Crime ocorreu em 2001 quando jovem teria visto dupla em ato sexual
• Atualizado
Os pastores da igreja Universal Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva foram condenados a 21 anos de prisão cada, pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, ocorrido em 2001, em Salvador, na Bahia. A vítima foi queimada viva.
Os líderes religiosos foram julgados inicialmente na terça-feira (25/4) mas o julgamento terminou nesta quinta (27). Por decisão da maioria do júri, formado por cinco homens e duas mulheres, eles foram condenados por homicídio com três qualificadoras: meio cruel, não possibilidade de defesa da vítima e motivo torpe por vingança.
O primeiro a prestar depoimento foi Joel Miranda, que alegou inocência e afirmou não ter conhecimento de quem era a vítima antes do desaparecimento. O réu negou também qualquer relação, inclusive de amizade, com o outro suspeito, Fernando Silva.
O crime teria ocorrido após o adolescente flagrar os pastores fazendo sexo, segundo o relato do ex-pastor Silvio Galiza, outro condenado pelo crime. Joel enfatizou em depoimento que não era homossexual. Foi por conta da fala de Silvio, em 2009, que os pastores se tornaram réus.
Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus lamentou a necessidade de recorrer ao poder judiciário para provar a inocência de seus pastores condenados. Os religiosos aguardam em liberdade.
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