20 estudantes da UFSC Blumenau denunciam assédio por parte de servidor da universidade
O servidor segue trabalhando na instituição
• Atualizado
Nesta semana, 20 estudantes da UFSC Blumenau denunciaram um caso de assédio e importunação sexual por parte de um servidor da universidade. O caso está repercutindo e gerando revolta.
Uma das vítimas, confirmou o fato em uma publicação no Twitter:
“Passando pra falar sobre o caso de importunação sexual que acontece dentro da UFSC por um servidor que serve trabalhando na instituição. Eu fui uma das vítimas, participei da audiência “cara a cara”, mas ele não me falou nada depois do meu depoimento”, disse.
Segundo informações obtidas na UFSC Blumenau pelo repórter do SCC SBT, Paulo Cezar, o procedimento administrativo disciplinar da universidade (Pad) foi aberto no ano passado. Inicialmente, o servidor chegou a ser afastado por 60 dias para não atrapalhar as investigações.
A comissão do Pad pediu a prorrogação dos 60 dias e o servidor permaneceu afastado em torno de 120 dias – tempo máximo de afastamento que o estatuto do servidor permite.
Atualmente, ele segue trabalhando normalmente e está aguardando a decisão final, que pode ser uma advertência, suspensão ou exoneração da instituição. O parecer final da comissão foi entregue ao reitor.
Nas redes sociais, o Deputado Estadual de Santa Catarina, Egidio Ferrari, prestou apoio às vítimas. Ele afirmou que está levantando informações e colocando o gabinete à disposição para ajudar.
“Vou trabalhar para pôr um ponto final nesta história, para que ninguém precise passar por isso novamente. Vamos pra cima”, disse.
O Portal SCC10 entrou em contato com a Universidade Federal de Santa Catarina que se manifestou por meio de nota.
Veja o posicionamento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre o caso
Em atenção à reportagem veiculada na data de hoje pelo jornal O Município Blumenau, o Campus de Blumenau da UFSC tem a informar:
A Universidade Federal de Santa Catarina tem entre seus valores a construção de relações sociais harmônicas, o que implica seu compromisso com políticas de enfrentamento a todas as formas de violência, em especial a violência contra mulheres e grupos vulneráveis.
Ao tomar conhecimento das denúncias, a Direção do Campus de Blumenau realizou todos os procedimentos administrativos previstos em nossos estatutos e baseados em leis:
• Encaminhar para a Corregedoria-Geral da UFSC e para a Comissão de Ética;
• Oferecer acolhimento psicológico por meio de profissionais de saúde da UFSC;
• Orientar as denunciantes que elas poderiam registrar boletim de ocorrência, considerando que as ações podem ser apuradas nas esferas administrativa e judicial (penal) de forma independente.
No que tange à esfera administrativa, a qual compete à UFSC, a corregedoria efetuou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A comissão do PAD decidiu pelo afastamento preventivo do servidor por 60 dias, prorrogados por mais 60 dias – o período máximo permitido pela Lei 8112/90, o que não configura férias remuneradas. O trabalho da comissão já foi finalizado, estando atualmente em fase final de julgamento na Reitoria da UFSC, em Florianópolis. Por tratar-se de um processo que corre em sigilo, a Direção do Campus de Blumenau não tem acesso ao relatório final. Por fim, ressaltamos que a Direção do Campus não tem a prerrogativa legal de aplicar penalidades a um servidor público. Tal ato compete unicamente ao reitor da UFSC.
Confira a reportagem sobre o caso
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