Remédios devem ficar mais caros nesta semana; entenda
Correção deve ficar em torno de 10%, estimam analistas; um dos fatores levados em consideração é a inflação
• Atualizado
Os preços dos remédios devem ficar mais caros a partir do fim desta semana. O valor do reajuste será divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e entra em vigor no dia 1º de abril. O percentual autorizado para reajuste ainda não foi estipulado, mas analistas estimam que deva ser em torno de 10%.
O reajuste anual no setor de medicamentos acontece, geralmente, em abril. O percentual de aumento é definido conforme a Lei 10.742/2003 e calculado por meio de uma fórmula que leva em conta a variação da inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -, ganhos de produtividade das fabricantes de medicamentos, variação dos custos dos insumos e características de mercado.
Além disso, a CMED também define o preço máximo ao consumidor em cada estado, de acordo com a carga tributária do ICMS, que é imposto estadual, e a incidência das contribuições do PIS/Pasep (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que são tributos federais. Para fazer jus ao reajuste de preços, as empresas produtoras e importadoras de medicamentos deverão apresentar à CMED relatório de comercialização até o dia 9 de abril.
As empresas também deverão dar ampla publicidade aos preços de seus medicamentos e as farmácias devem manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de fiscalização as listas dos valores atualizados.
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