Remédio mais caro do mundo será incorporado ao SUS
Medicamento é indicado para tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1
• Atualizado
O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento onasemnogeno abeparvoveque, mais conhecido como o remédio mais caro do mundo, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi publicada na quarta-feira (07) no Diário Oficial da União.
Com a dose no valor de R$ 6 milhões, o remédio de nome comercial Zolgensma deve ser usado para tratar crianças com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo I, com até 6 meses, que estejam fora de ventilação invasiva acima de 16 horas por dia e estará disponível no SUS em até 180 dias.
“Esta é uma luta de muitos pais e de todos nós. Fico feliz em dar uma resposta tão importante. A AME é uma doença muito rara, degenerativa, que afeta o neurônio motor, responsável por gestos voluntários vitais para o corpo humano, como respirar, engolir e se mover”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao anunciar a incorporação.
O Zolgensma passou pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec) e por consulta pública — mais de 1,2 mil participantes enviaram contribuições. A doença genética ultrarrara, que afeta o neurônio motor espinhal, já possui dois medicamentos incorporados ao SUS: nusinersena e o risdiplam, ambos de uso contínuo.
Além disso, o medicamento também deve ser incluído no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ou seja, entre os tratamentos cobertos por planos de saúde, em até 60 dias. Esse processo ocorre após a sanção da Lei 14.307, de março de 2022, que estabelece que todas as tecnologias avaliadas e recomendadas pela Conitec para o SUS também devem ser incorporadas na saúde suplementar.
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