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O que é botulismo, doença rara que matou pessoas na Bahia

A crescente de casos trouxe preocupação, não somente para os moradores do Estado, mas para todos os brasileiros.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Bahia confirma sexto caso de botulismo. – Foto: Associação Paulista de Medicina/Reprodução
Bahia confirma sexto caso de botulismo. – Foto: Associação Paulista de Medicina/Reprodução

Uma doença rara e grave matou duas pessoas e deixou outras três hospitalizadas na Bahia. A crescente dos casos trouxe preocupação, não somente para os moradores do Estado, mas para todos os brasileiros. Veja agora todas as informações necessárias sobre o Botulismo.

A Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou o sexto caso de botulismo no Estado desde janeiro de 2024., nesta terça-feira (23). Apenas uma das pessoas da lista recebeu alta.

Os diagnosticados são de Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cícero Dantas. A principal suspeita é de que infecção se deu por meio da ingestão de mortadela de frango contaminada.

O que é botulismo

De acordo com o Ministério da Saúde, o botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas fezes humanas ou de animais e nos alimentos.

A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

Transmissão

A bactéria causadora do botulismo produz uma toxina que, mesmo se ingerida em pouca quantidade, pode causar envenenamento grave em questão de horas.

Além disso, os esporos desta bactéria são amplamente distribuídos na natureza, como em solos e sedimentos de lagos e mares, podendo sobreviver até em ambientes com pouco oxigênio, como em alimentos em conserva ou enlatados.

Também estão presentes na água não tratada e em produtos agrícolas, como legumes, vegetal e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos. 

Tipos de botulismo

Alimentar:

Ocorre por ingestão de toxinas em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.

Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.

O período entre a contaminação e o início dos sintomas pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas.

Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.

Por ferimentos:

Uma das formas mais raras de botulismo é causada pela contaminação de ferimentos com C. botulinum.

Esmagamento de membros; ferimentos profundos; ferimentos produzidos por agulhas em usuários de drogas injetáveis; lesões nasais em usuários de drogas inalatórias, são os tipos de ferimentos com mais possibilidade de serem contaminados.

O período de incubação pode variar de 4 a 21 dias, com média de 7 dias.

Botulismo intestinal:

Neste tipo de botulismo, os esporos contidos em alimentos contaminados se fixam e se multiplicam no intestino, onde ocorre a produção e a absorção da toxina.

Em adultos, são descritos alguns fatores de risco, como cirurgias intestinais, Doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por tempo prolongado, que levaria à alteração da flora intestinal.

Não se sabe o período de incubação deste tipo da doença porque é impossível saber o momento da ingestão dos esporos.

Há, ainda, o botulismo infantil, que é, na verdade, do tipo intestinal e mais frequente em crianças com idade entre 3 e 26 semanas.

A principal causa é a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas de vida.

Sintomas

Variam de acordo com o tipo de infecção. Mas os mais comuns são:

– dores de cabeça;
– vertigem;
– tontura;
– sonolência;
– visão turva;
– visão dupla;
– diarreia;
– náuseas;
– vômitos;
– dificuldade para respirar;
– paralisia da musculatura respiratória, de braços e pernas;
– comprometimento de nervos cranianos;
– prisão de ventre;
– infecções respiratórias.

Vale destacar que o tratamento imediato do botulismo reduz o risco de morte do paciente, mas é preciso acompanhamento médico, e frequentemente hospitalar.

O processo de recuperação é lento e depende de como o organismo reage ao tratamento. Se identificado e tratado adequadamente, a doença tem cura e não deixa sequelas.

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