Mãe do bebê Samuel desabafa após morte por pneumonia: “meu filho poderia estar aqui”
Criança foi quatro vezes ao hospital em seis dias e diagnóstico de gases foi diferente da causa morte por pneumonia bilateral
• Atualizado
com informações de Sofia Gonzalez
“Se tivessem feito a coisa certa, meu filho poderia estar aqui”, desabafa Camila Guedes Correia, mãe do bebê Samuel, que morreu de pneumonia bilateral após ter sido diagnosticado em dois hospitais com gases. O pequeno faleceu no último domingo (27). A causa da morte foi revelada em laudo.
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Veja o relato da mãe
Três dias após o primeiro atendimento, com a piora nos sintomas, a família voltou a procurar um hospital. O bebê então passou por exames de sangue e um raio-x na barriga. A criança foi medicada e a mãe foi informada que o filho estava com gases.
No dia seguinte, a criança continuava com sintomas de tosse e catarro, assim, foi ao Hospital Florianópolis, que dessa vez, encaminhou o pequeno para o Hospital Infantil Joana de Gusmão.
“[O médico] escutou o pulmãozinho dele, olhou o ouvido, olhou garganta e eu falei de novo que ele estava gripado desde segunda que ele estava com tosse, o nariz trancado eh falei que em Florianópolis eles tinham feito o raio X, tinham feito exame de sangue, aí ele foi lá e repetiu o raio-x. O mesmo raio-x que fizeram no Hospital Florianópolis, ele repetiu no Hospital Infantil. E deram dipirona de novo, mas eu falei que o remédio já não tinha feito efeito nenhum. Mas fizeram a mesma coisa”
Mãe de Samuel
Com o mesmo diagnóstico de gases, a família voltou para casa com o bebê. Em casa, o pequeno tomou banho e conseguiu dormir um pouco, até acordar gritando. “Quando levantei ele, estava com a boquinha roxa”, diz a mãe.
Em 10 minutos, família chegou ao hospital com o bebê passando mal. “Entreguei ele para os médicos e correram ficaram, uma hora e pouco tentando reanimar, mas ele não voltou”, conta a mãe.
Segundo a família, desde o início dos sintomas até o momento da morte do Samuel, se passaram 6 dias. Nesse intervalo de tempo, o bebê foi 4 vezes a 2 hospitais diferentes, passou por pelo menos 5 profissionais de saúde e nenhum apontou o diagnóstico que consta no laudo da morte, pneumonia bilateral.
A família agora quer explicações sobre o que realmente aconteceu com o filho e pretende processar os hospitais por negligência.
O que dizem os hospitais
Por meio de nota, o Hospital Infantil Joana de Gusmão informou que não houve negligência e que o atendimento foi feito com “atenção e zelo”. Já o Hospital Florianópolis disse que o paciente foi primeiramente recebido com sintomas gripais, mas em bom estado geral. já no retorno, apresentava parada cardiorrespiratória e após 70 minutos de manobras de reanimação, não resistiu. O hospital afirma que não houve conduta negligente ou imprudente.
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