Laboratório que liberou testes negativos de HIV no Rio não está inscrito no Conselho de Biomedicina
Ao menos seis pessoas foram infectadas após transplante de órgãos.
• Atualizado
O caso dos seis pacientes que foram transplantados e após alguns meses testaram positivo para o HIV, tem mais um capítulo escrito após o Conselho Federal de Biomedicina divulgar uma nota de esclarecimento sobre os fatos sobre o laboratório.
De acordo com a nota, o laboratório contratado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro não possui inscrição no Conselho Regional de Biomedicina 1ª Região, jurisdição a qual pertence o Estado do Rio de Janeiro. A anotação de responsabilidade técnica de profissional biomédico pelas atividades do Laboratório PCS Saleme nos assentamentos do Regional, também é inexistente.
A nota ainda afirma que o laboratório onde os testes negativos para HIV foram executados, está inscrito no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, o CREMERJ, e os laudos são assinados por um médico ginecologista e que de acordo com nota emitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): “A direção técnica de um laboratório de Patologia/ Análises Clínicas cujo responsável técnico é um médico, o mesmo deve ter registrado a especialidade de Patologista Clínico”.
O presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Edgar Garcez Júnior, ainda informa que “não foi identificada, até o momento, a atuação de profissionais biomédicos envolvidos nesse caso de máxima gravidade.” E ainda informa que o conselho segue acompanhando em tempo real os desdobramentos do caso e tomará as providências legais caso sejam identificados profissionais inscritos envolvidos no eventual ilícito.
No SBT Brasil deste sábado (12), foi informado que o Laboratório PCS Saleme foi interditado pelo Ministério da Saúde.
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Por Redação
Um caso inédito na história dos transplantes no Brasil aconteceu nesta semana! Seis pacientes que foram transplantados no Rio de Janeiro testaram positivo para HIV após receberem órgãos contaminados com o vírus.
De acordo com o SBT News, o caso foi descoberto após um paciente, que recebeu um coração, começar a passar mal cerca de 9 meses após o transplante. Após inúmeros exames, ele testou positivo para HIV. A notificação foi feita em 10 de setembro.
Após a notificação, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro descobriu, então, que pelo menos dois doadores eram soropositivos, mas o exame feito pelo PCS Lab, uma empresa privada que presta serviços para a SES/RJ, não detectou o vírus e liberou os órgão para os transplantes.
*Com informações de SBT News
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