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Falta de UTI

Bebê de dois meses morre em hospital infantil em Florianópolis

Morte teria acontecido pela falta de um leito de UTI pediátrica.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Paulo Goeth | Governo de SC | DIvulgação
Foto: Paulo Goeth | Governo de SC | DIvulgação

Um bebê de dois meses morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, no último sábado (11). O atendimento foi realizado pelos profissionais, mas a criança não teria resistido à espera de um leito de UTI, que não estava disponível.

Segundo informou por nota a Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta terça-feira (14), as causas da morte do bebê estão sendo investigadas. Porém, até o momento, não há qualquer confirmação de que o lamentável fato tenha ocorrido em decorrência da não transferência do paciente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“A situação está sendo averiguada junto à unidade hospitalar para entender a situação clínica do bebê recém-nascido desde a entrada no hospital até o momento do óbito. Assim que os fatos forem devidamente apurados, a SES emitirá nota oficial sobre o caso.”

Situação de leitos de UTI em Santa Catarina

Dados de leitos de UTI em Santa Catarina divulgados em 13-06-2022.

Olhando para os dados do Estado, que possui 93 leitos de UTI pediátrica ativos em Santa Catarina, 92 deles estão ocupados, sendo quatro com pacientes internados por Covid-19. Apenas uma unidade está livre, de acordo com as informações divulgadas nessa segunda (13), totalizando 98,9% dos leitos infantis ocupados.

Segundo boletim da prefeitura municipal de Florianópolis, também com dados dessa segunda-feira (13), 100% dos leitos de UTI pediátrica estão ocupados. São ainda 98.53% de ocupação na UTI adulto e 94.29% na neonatal.

Governo de SC inaugura anuncia inauguração de novos leitos de UTI

Nessa segunda-feira (13), o Governo de Santa Catarina anunciou que dez novos leitos de UTI geral foram abertos no Hospital Florianópolis, que serão permanentes na unidade. Isso faz parte do investimento que o Estado está fazendo, após o decreto de situação de emergência que está valendo desde 1ª de junho, em relação as doenças respiratórias, bem como a Covid-19 e dengue. Além do hospital na Capital, outros também receberão novos leitos. Confira.

Confira as unidades que ampliarão os leitos

  • Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 6 leitos de UTI pediátrica;
  • Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 6 de UTI pediátrica;
  • Hospital Azambuja, em Brusque, com 10 de UTI neonatal e 2 de UTI pediátrica;
  • Hospital Seara do Bem, em Lages, com 5 de UTI pediátrica;
  • Hospital Governador Celso Ramos, Florianópolis, com 4 UTI adulto;
  • Hospital Regional de Araranguá, com 5 de UTI neonatal;
  • Hospital e Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis, 3 leitos intermediários;
  • Hospital Infantil Jesser Amarante Faria, em Joinville, com 10 de UTI pediátrica;
  • Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de UTI neonatal;
  • Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 7 de UTI neonatal;
  • Hospital Regional de São José, com 10 de UTI neonatal e 1 de UTI adulto.

Secretaria de Estado da Saúde descarta que morte tenha reação com falta de leito de UTI

Através de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que morte do bebê, ocorrida na madrugada do dia 11 de junho, não tem relação com a falta de leitos na UTI. Veja nota na íntegra.

A Secretaria de Estado da Saúde descarta que o óbito da paciente de dois meses, ocorrido no Hospital Joana de Gusmão, na madrugada do dia 11, tenha relação com a falta de UTI. A paciente estava passando pela segunda internação na unidade hospitalar, devido a um novo quadro de broncoespasmo em decorrência de bronquiolite. No sexto dia de internação ela apresentou piora sendo remanejada para a emergência e posteriormente para a sala de reanimação onde ficou assistida pela equipe de intensivistas e anestesista, momento em que apresentou 3 paradas cardiorrespiratórias, sendo que, na terceira, foram cerca de 46 minutos de tentativa de reanimação. Devido à gravidade do caso não foi possível realizar a transferência para Unidade de Terapia Intensiva externa, tendo sido realizado todo o atendimento na própria unidade.

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