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MÉDICO EXPLICA

Entenda como ingestão de desodorante aerossol matou criança de 8 anos

A criança teria participado de um “desafio” do TikTok, o que resultou em uma parada cardiorrespiratória

• Atualizado

Redação

Por Redação

Entenda como ingestão de desodorante aerossol matou criança de 8 anos. – Foto: Canva/Reprodução
Entenda como ingestão de desodorante aerossol matou criança de 8 anos. – Foto: Canva/Reprodução

A morte de Sara Raíssa Pereira, de oito anos, causada pela inalação de desodorante aerossol, acendeu um alerta para os efeitos fatais de substâncias químicas presentes em produtos domésticos. A criança teria participado de um “desafio” do TikTok, o que resultou em uma parada cardiorrespiratória. Ela foi reanimada, mas teve morte cerebral constatada dias depois.

Segundo o médico Paulo Guimarães, especialista em prevenção de acidentes domésticos e primeiros socorros, os gases usados nesses produtos — como butano, propano e isobutano — são extremamente perigosos.

“Os sprays [de desodorantes aerossóis] contêm gases como butano, propano e isobutano, que, quando inalados, provocam hipóxia — ou seja, falta de oxigênio no corpo”, explicou o médico.

De acordo com Guimarães, essa falta de oxigênio pode afetar o funcionamento do cérebro e do coração em questão de minutos.

“A falta de oxigênio no corpo pode causar tontura, convulsões e parada cardíaca, que foi o que levou Sara Raíssa a óbito. Há, inclusive, a chamada síndrome da morte súbita por inalante, que pode ocorrer em questão de minutos”, alerta o especialista.

Criança inalou o desodorante aerossol durante “desafio” da internet

O caso aconteceu em Ceilândia, Distrito Federal, na última quinta-feira (10). Sara foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia após inalar o aerossol.

A Polícia Civil confirmou que a ação foi motivada por uma trend da rede social TikTok. Apesar de ter sido reanimada após uma hora, ela não respondeu mais a estímulos e teve morte cerebral confirmada neste domingo (13).

A investigação segue sob responsabilidade da 15ª Delegacia de Polícia, que apura como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio.

Segundo o delegado João Ataliba Neto, o autor da publicação poderá responder por homicídio duplamente qualificado, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.

*As informações são do portal Metrópoles.

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