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Falta de médicos

CRM-SC manifesta preocupação com a falta de médicos do HU-UFSC ao Ministério Público

O CRM fiscalizou a unidade há poucos dias e constatou a falta de médicos pediatras, obstetras e ginecologistas

• Atualizado

Vitória Farinha

Por Vitória Farinha

Foto: Divulgação, Ebserh
Foto: Divulgação, Ebserh

Em reunião realizada na última segunda-feira (19) com o Ministério Público Federal, o Conselho Regional de Medicina manifestou preocupação com a falta de médicos no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis. O CRM fiscalizou a unidade há poucos dias e constatou a falta de médicos pediatras, obstetras e ginecologistas.

Segundo o Conselho, relatórios de autarquia indicam problemas nas escalas durante todo o mês de setembro no setor de urgência e emergência pediátrica. Na escala da UTI neonatal, há falta de profissionais nos finais de semana. O CRM constatou que a situação da obstetrícia também é grave.

O relatório, entregue ao Ministério Público, aponta que “as escalas mensais do Serviço de Obstetrícia (urgência, emergência, centro obstétrico e enfermaria) permanecem incompletas ou são preenchidas de última hora”. Ainda complementam que “por vezes, podem ser suspensos os serviços ambulatoriais ou mesmo as cirurgias obstétricas eletivas para completar a escala de Urgência e Emergência”.

O Ministério Público Federal explicou os próximos passos: “agora, o pedido do CRM será repassado a um dos ofícios de cidadania do MPF em Florianópolis, para dar sequência ao atendimento da demanda. Não há prazo. O MPF pode solicitar diligências técnicas ao hospital para elucidar qualquer questão”.

Situação do HU-UFSC:

O Hospital é gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que é responsável por garantir a presença de profissionais em número adequado ao bom funcionamento dos serviços.

A unidade possui acordos com a Secretaria de Estado da Saúde para atendimento na obstetrícia, ginecologia e na pediatria, mas faltam médicos para cumprir todas as escalas. “Essa situação nos deixa muito preocupados”, diz o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro.

O presidente entende compreende que a situação deixa mulheres e crianças expostas a riscos e prejudica também os próprios médicos, que precisam atuar sem as condições adequadas. “É urgente que se busque uma solução para ampliar o número de profissionais no hospital”.

Na fiscalização, o hospital foi notificado sobre a necessidade de garantir pessoal para a definição mensal e o cumprimento das escalas na obstetrícia, na ginecologia e na pediatria. O documento também indicou a necessidade de “garantia do médico diarista/rotineiro para a UTI neonatal nos finais de semana”.

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