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Câncer de pele: saiba como identificar os sinais e agir preventivamente

A atenção aos sintomas é o ponto de partida ideal para identificar mudanças na pele

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)
Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)

Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) revelam que pelo menos 205 mil brasileiros receberam o diagnóstico de câncer de pele nos últimos oito anos. O tipo não melanoma, que surge na superfície da pele, é um dos mais incidentes, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Entre os principais fatores de risco da doença estão o histórico familiar, pessoas de pele e olhos claros e o excesso de exposição solar sem proteção adequada. Segundo a entidade, os estados brasileiros que mais notificaram casos de câncer de pele, entre 2013 e 2021, estão concentrados na região Sul e Sudeste, em especial São Paulo e Paraná. Porém, apesar da incidência ser maior nesses locais, a região Norte também merece atenção.

As radiações solares são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com determinada velocidade, sendo classificadas como ionizantes ou não ionizantes. A radiação ultravioleta (UV) é do tipo não ionizante e possui menor frequência, sendo a principal onda relacionada ao câncer de pele devido à exposição crônica.

“Isso significa que a radiação solar possui efeito acumulativo, ou seja, ao longo do tempo, quanto mais frequente é a exposição sem mecanismos de proteção, maior a possibilidade dos raios UV penetrarem nas camadas profundas da pele e afetarem o tecido e vasos sanguíneos, surgindo manchas na pele, envelhecimento precoce e tumores malignos”, alerta o profissional do Hospital Bom Pastor.

“Neste período de férias de fim de ano, em que as pessoas costumam frequentar rios, praias e piscinas, a tendência é o corpo ficar mais exposto ao sol. Por isso, os cuidados devem ser redobrados”, enfatiza o médico. “É possível observar recentemente um aumento de casos de melanoma maligno, o que ressalta a necessidade de falarmos sobre a prevenção do câncer de pele”, complementa Juan. O alerta acontece no mês da campanha nacional “Dezembro Laranja”, organizada pela SBD, que busca promover a conscientização sobre os riscos da doença e reforçar as orientações sobre cuidados adequados.

Atenção aos sinais e sintomas

Por ser menos agressivo e ter alto índice de cura, a atenção aos sintomas é o ponto de partida ideal para identificar mudanças na pele e realizar o diagnóstico precocemente. Geralmente, o câncer de pele não melanoma se manifesta através de lesões vermelhas que formam ‘cascas’, feridas que não cicatrizam ou que apresentam dificuldade no processo de cicatrização, ou tumores róseos e pequenos. Além destes sintomas, existem outros que merecem atenção como:

  • Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, textura, tamanho e tornam-se irregulares nas bordas;
  • Manchas ou feridas que não cicatrizam e continuam crescendo, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento;
  • Nódulos na pele;
  • Inchaço nos gânglios linfáticos (região do pescoço, axila e virilha);
  • Falta de ar ou tosse;
  • Dores abdominais e dores de cabeça;

Outras características servem de alerta, como assimetria, bordas irregulares, mais de dois tons e crescimento ao longo do tempo. “Ao identificar qualquer alteração na pele, é muito importante buscar atendimento médico”, orienta Juan. 

Formas de prevenção

De acordo com análise da SDB, cerca de quatro mil brasileiros morrem a cada ano devido à doença. “As medidas preventivas são importantes pois o diagnóstico precoce, em estágios iniciais, possibilita 90% de chances de cura”, explica o especialista. 

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores formas de prevenção aos tipos de câncer cutâneo. Pessoas que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares e muitas pintas devem ter atenção redobrada aos seguintes cuidados:

  • Procure um médico dermatologista ao identificar sinais e sintomas na pele;
  • Uso de protetor solar com FPS mínimo de 30;
  • Use filtros solares diariamente, aplicando o produto pela manhã e antes do horário de almoço;
  • Evite a exposição solar entre 10 e 16 horas;
  • Evite bronzeamento artificial;
  • Mantenha o sistema imunológico forte;
  • Na praia ou na piscina, use barracas de algodão ou lona que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
  • Use chapéus de abas largas, óculos escuros e camisetas;
  • Proteja bebês e crianças do sol, o protetor pode ser usado a partir dos seis meses;

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