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Alerta

Primeira morte por dengue é registrada em Santa Catarina

O caso foi investigado pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, em conjunto com a Gerência Regional de Saúde e apoio da DIVE/SC

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Marcos Santos /USP Imagens.
Foto: Marcos Santos /USP Imagens.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina confirma a morte de um homem, de 40 anos, residente no município de Criciúma, por dengue. O caso é considerado importado, já que a investigação epidemiológica evidenciou deslocamentos por municípios do estado de São Paulo.

O homem começou a manifestar os sintomas da doença (dor no corpo, febre e enjoo) ainda no mês de dezembro do ano passado. Ao apresentar piora no quadro (exantemas, náuseas, dor articular, dor abdominal e desidratação), foi internado, mas não resistiu e acabou morrendo em janeiro desse ano. O caso foi investigado pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, em conjunto com a Gerência Regional de Saúde e apoio da DIVE/SC.

No ano de 2021, o estado confirmou sete mortes por dengue, nos municípios de Joinville (05), Camboriú (01) e Florianópolis (01), sendo que todos foram casos autóctones, ou seja, contraídos dentro do estado. Os dados da dengue em SC nos anos de 2021 e 2022 estão detalhados nos boletins epidemiológicos publicados no site da DIVE/SC.

“No ano de 2021 o Estado de Santa Catarina registrou o maior número de casos de dengue no acompanhamento da doença, desde o registro dos primeiros casos, que ocorreu no ano de 2011. Quatro municípios registraram transmissão em nível epidêmico e foram confirmados sete óbitos pela doença. Assim, é necessário que a população entenda que o mosquito Aedes aegypti está presente em muitos municípios catarinenses, reforçando as medidas de prevenção. A eliminação dos criadouros do mosquito, ou seja, locais com água parada, continuam sendo a melhor estratégia de prevenção” destaca o Diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck.

Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

As pessoas que apresentem os sintomas da doença devem procurar atendimento em um serviço de saúde. Da mesma forma, a rede de assistência precisa estar alerta para identificar essas suspeitas, realizando o manejo clínico conforme a indicação do fluxograma de classificação de risco e manejo dos pacientes. A condução oportuna dos casos suspeitos, permite evitar o agravamento do quadro e inclusive a evolução para o óbito.

“Considerando que nos meses de verão as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito e consequentemente a transmissão da dengue, febre de chikungunya e zika vírus, é importante que os serviços de saúde estejam alertas para os casos suspeitos, classificando os pacientes conforme o fluxograma de risco e indicando manejo clínico correto para cada situação”, destaca Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

Transmissão
O mosquito Aedes aegypti pode transmitir três doenças: dengue, zika vírus e chikungunya. A melhor estratégia de prevenção dessas doenças continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água.

A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. Ela escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente. O mosquito adulto surge num ciclo de, aproximadamente, sete dias.

Períodos chuvosos atrelados ao calor são favoráveis à proliferação do Aedes aegypti.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
– evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– mantenha lixeiras tampadas;
– deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– mantenha ralos fechados e desentupidos;
– lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– retire a água acumulada em lajes;
– dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

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