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Dia de Finados

Pesquisa mostra que 73% das pessoas evitam falar sobre a morte

O levantamento focado em como os brasileiros lidam com a morte, foi feito pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Uma pesquisa focada em como os brasileiros lidam com a morte mostrou que, embora 79,5% entendam que a morte é um fenômeno natural – ou ainda, 81,2% acreditam que a morte é a única certeza que temos -, 68% dos entrevistados dizem que nunca estarão preparados para lidar com a finitude. O levantamento feito pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil revelou ainda que 75% dos entrevistados têm muito medo de perder alguém próximo e 73,7% evitam até mesmo falar no assunto.

Com a proximidade do Dia de Finados, nesta quinta-feira (02), que no Brasil leva milhares de pessoas aos cemitérios para homenagear os mortos, muita gente revive sentimentos ligados à perda de alguém querido. A professora de Psicologia Gislane Martins, fala sobre o assunto. “A morte envolve tristeza e dor, especialmente quando se trata de alguém próximo. Falar sobre o tema pode sim reavivar sentimentos difíceis de lidar. As pessoas podem evitar falar sobre a morte como uma forma de proteger suas próprias emoções”, explica a docente.

No entanto, segundo ela, romper esse tabu e abrir o diálogo pode ser benéfico e ajudar as pessoas a lidarem melhor com a perda; planejar antecipadamente questões relacionadas à morte; reduzir o estigma e permitir discussões sobre questões importantes, como testamentos e cuidados paliativos. “As pessoas têm dificuldade em falar sobre a morte por uma série de razões complexas e variadas. Existem questões culturais e religiosas envolvidas. E na filosofia é um tema recorrente, pois a morte acaba sendo a finitude dos projetos, dos sonhos, e a realidade de que temos um tempo limitado de existência”, reflete.

O luto é uma resposta emocional à perda

A mesma pesquisa citada no início do texto mostra que 82,4% das pessoas relacionam a morte com um grande sofrimento e acreditam que não há nada mais dolorido que a perda de uma pessoa próxima. A professora Gislane ressalta a importância de vivenciar o luto. “O luto é uma resposta emocional à perda de alguém ou de algo significativo em nossas vidas. O luto é um processo natural e complexo. Está ligado a perdas, e essas perdas não acontecem apenas na morte de alguém próximo, mas em diversas situações da vida em que ocorrem mudanças importantes. O final de um relacionamento, aposentadoria, mudança de cidade, entre tantas outras situações.”

A professora lembra que o luto é um processo individual, varia em duração e intensidade para cada pessoa e precisa ser respeitado. “Algumas pessoas podem sentir essas emoções de maneira mais intensa e prolongada do que outras. O luto não tem um cronograma definido, e as pessoas podem experimentar os estágios que são descritos em ordens diferentes ou podem revisitar certas fases ao longo do tempo”, alerta. O apoio de amigos, familiares, grupos ou profissionais de saúde mental podem ser muito positivos para ajudar a lidar com o luto e encontrar maneiras saudáveis de enfrentá-lo.

“O importante é entender que o luto é uma parte normal do processo de perda e que as pessoas podem encontrar maneiras de viver significativamente após a perda de alguém ou algo importante em suas vidas”, observa a professora. Para ajudar a compreender melhor este processo, Gislane aponta os cinco estágios do luto, que são fases pelas quais a pessoa enlutada costuma passar e lembra que a UniSociesc, tem uma clínica de saúde, que oferece atendimento a comunidade e pode ser uma das alternativas para quem está precisando de ajuda.

Os estágios do luto

1 – Negação: no início, as pessoas podem negar a realidade da perda, sentindo-se como se a pessoa ou coisa perdida ainda estivesse presente.
2 – Raiva: os sentimentos de raiva podem surgir como uma reação à injustiça percebida da perda ou à impotência em lidar com ela.
3 – Negociação: pode haver tentativas de fazer acordos para reverter a perda ou trazer a pessoa de volta de alguma forma, muitas vezes em um contexto religioso ou espiritual.
4 – Tristeza: a tristeza profunda e a dor são comuns no luto. Esses sentimentos podem ser acompanhados de choro, apatia e solidão.
5 – Aceitação: eventualmente, a pessoa passa a aceitar a realidade da perda e começa a encontrar maneiras de se adaptar a uma vida sem o ente querido ou a coisa perdida.

Precisa falar com um profissional sobre o tema? Confira o atendimento de Psicologia nas clínicas da UniSociesc:

Clínica Integrada de Joinville

Informações e agendamento (pode haver fila de espera): pelo WhatsApp (47) 99107-9181.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30 às 21h30.
Endereço: rua Gothard Kaesemodel, número 833, no bairro Anita Garibaldi, em Joinville.

Clínica Integrada de Blumenau

Informações e agendamento (pode haver fila de espera): pelo WhatsApp (47) 2111-2916
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, 14 às 21 horas.
Endereço: rua Pandiá Calógeras, número 272, no bairro Jardim Blumenau, em Blumenau

Clínica Integrada de Jaraguá do Sul

Informações e agendamento: pelo telefone ou WhatsApp (47) 99258-0030
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, número 268, no Centro, em Jaraguá do Sul

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