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Mãos a obra

Pais de SC produzem andador com tubos de PVC para auxiliar filha com paralisia cerebral

Pais da pequena Olívia se inspiraram em um vídeo de uma rede social para produzir o andador

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Foto: Cedida
Foto: Cedida

Pais do Sul de Santa Catarina se inspiraram em um vídeo publicado nas redes sociais para produzir um andador para auxiliar a filha com paralisia cerebral no processo de desenvolvimento das habilidades motoras. Olívia, de apenas dois anos, chegou a utilizar andadores convencionais, entretanto, a família e profissionais da Educação perceberam que a criança não se adaptou tão bem aos equipamentos e estavam com medo que ela pudesse cair devido ao esforço que fazia. Após conversas com a creche, Daiane Matias, mãe da pequena, se deparou com um vídeo que mostrava uma outra criança em um andador construído com canos de policloreto de vinila, mais conhecido como PVC, e latas de alumínio. Conversando com Cléber Caetano, pai da menina, ficou decidido que ele mesmo iria produzir uma peça similar para a filha.

Assim que o andador ficou pronto na segunda-feira (7), a mãe levou para a creche, onde Olívia logo começou a utilizar. “Ela tem muita insegurança de ficar em pé, já tentamos andador tradicional mas ela não consegue ficar nele. Com o suporte feito com tubos de PVC ela consegue se movimentar dentro do andador. Estamos vendo que ela se sente mais segura com ele. Precisamos estar do lado para auxiliá-la mas está ajudando bastante”, relata Daiane. “Ver ela andar foi emocionante. Quando ela via as outras crianças andando, queria fazer igual”, complementa o pai.

Veja Olívia utilizando o andador:

Vídeo: Cedido

A ideia foi recepcionada muito bem pelas profissionais de educação. Os colaboradores da creche já haviam percebido a vontade que a menina possuía de estar interagindo com as outras crianças e viram no andador uma possibilidade de desenvolvimento motor. Em três dias de uso, foi possível flagrar a pequena dançando e andando com a ajuda do suporte e dos coleguinhas. “Está sendo uma experiência bem rica, tanto pra gente enquanto professor quanto para as crianças que estão convivendo com ela. Eu acredito que pra Olívia vai ser só felicidade pois ela está muito feliz. (…) Ainda é cedo pra dizer se ouve melhora, mas em se tratando da Olivia em especifico acredito muito que haverá melhoras”, afirma a professora Kátiany Elias Marcelino Sartor.

Pensando na segurança da pequena Olívia, adultos se mantém próximos da menina para auxiliá-la, em caso de necessidade. O andador já produzido está ficando na creche, entretanto, Cleber já está se organizando para produzir outras duas unidades. Para a confecção do suporte, são necessários cerca de cinco metros de cano, quatro latas de alumínio do mesmo tamanho e duas horas de trabalho.

Nascimento com 29 semanas

Durante a gestação, Daiane teve um grave deslocamento de placenta e precisou ser internada de emergência. Uma cesariana foi realizada, a menina nasceu com apenas 29 semanas e sofreu uma parada cardíaca.

Foram três dias entubadas e 38 dias na UTI Neonatal. Hoje a menina está saudável e como a mãe diz: ‘um pássaro livre’. “Parecia tão distante vê-la andar, mas nunca desistimos”, finaliza a mãe.

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