Menina de 12 anos precisa de cirurgia para escoliose e família faz campanha em SC
Maria Eduarda foi diagnosticada com escoliose idiopática no grau 80 e custo da cirurgia é de R$180 mil
• Atualizado
“Juntos por Duda”: a campanha iniciada pela família de Maria Eduarda Machado, em junho deste ano, surgiu após um diagnóstico de escoliose idiopática. A menina de 12 anos, moradora do município de São João Batista (SC), foi diagnosticada com o tipo 1 desse desvio postural que já atingiu o grau 80, quando o limite da curvatura na coluna vertebral é de 100 graus.
A solução apresentada para resolver o problema da escoliose foi uma cirurgia, que tem o custo total de R$ 180 mil. A família da adolescente agora busca ajuda de familiares, amigos e desconhecidos para arrecadar o valor que pode mudar a vida da adolescente.
Segundo a família, em 2020 a menina foi levada ao médico, mas a pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos de um possível procedimento cirúrgico.
“O primeiro exame dela foi feito no dia 20 de janeiro de 2020, onde a gente descobriu a escoliose. Foi orientado que a gente procurasse o SUS para fazer a cirurgia, porém dois meses depois começou a pandemia e foi nos avisado para esperar um pouco”, explica Fernanda Machado, irmã de Duda.
Fernanda, que também é responsável por divulgar a campanha da irmã por meio das redes sociais, relata que o fato de a doença não apresentar sinais na infância e se tornar visível apenas na adolescência foi outro fator que dificultou o início do tratamento.
“No começo desse ano de 2021, o problema realmente foi visto e a mudança começou a ser física. Antes a gente não conseguia ver pelas costas dela que tinha algum problema ali, mas agora dá pra ver sim e hoje em dia é bem nítido. Com isso a gente voltou a correr atrás, mas dessa vez não pelo SUS e sim pelo sistema particular.”, afirmou.
Em busca de solucionar definitivamente a escoliose da filha, Luis Alves Machado e Tatiane Cristina Eidt, pais de Duda, foram até Curitiba, no Paraná, em busca de um especialista na área de ortopedia. Na cidade, a menina foi submetida a uma consulta médica e um exame de raio-x mostrou que o desvio da coluna havia se agravado e o problema estava ainda maior.
“A gente recebeu o orçamento do hospital e o valor é de aproximadamente 180 mil reais. Então começamos a campanha, foi criado o perfil no Instagram e a gente está nessa correria porque, se por um acaso chega no grau 100 – ela está no grau 80 – a Duda corre risco de ficar paraplégica ou de perfurar algum pulmão ou de dar algum problema no coração. A gente tem muito medo e estamos correndo contra o tempo porque ela tem aproximadamente dois meses para fazer essa cirurgia antes que [a escoliose] interfira em alguma outra parte do corpo”, explica a irmã da Maria Eduarda.
Por ficar a maior parte do tempo sentada, Duda brinca de bola na cama e passa a maior parte do dia jogando no computador ou no celular. A adolescente não toma remédios contínuos, mas tem as atividades limitadas devido à curvatura da coluna.
Radiografia mostra grau avançado da escoliose
Cirurgia no Paraná
A mãe da Maria Eduarda explica que a decisão da família em buscar ajuda médica no Estado vizinho surgiu a partir de referências sobre o Dr. Álynson Larocca, que acompanha o caso da Duda. “Além de ser um ótimo cirurgião e especialista, ele é um médico humano. As cirurgias dele têm ótimas referências e é uma cirurgia única; definitiva”, diz Tatiane.
Dentro da corrida contra o tempo para que a filha fique livre da escoliose, Tatiane conta que, apesar das dificuldades, não perde a fé. “A gente está nessa batalha, mas a gente vai conseguir. Eu tenho muita fé em Deus. Tem dias que a gente estremece, o coração abala, mas ao mesmo tempo eu olho pro céu e peço para Deus me fortificar. E quando eu olho para a minha filha, eu encontro forças para seguir. Vai dar tudo certo”, afirma Tatiane.
Postura X Ergonomia: como manter uma boa postura no trabalho
Escoliose idiopática
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a escoliose é uma deformidade determinada por desvios em rotação de vértebras que habitualmente se observa por um desvio no plano frontal (olhando a radiografia da pessoa de frente) maior que 10º.
Segundo o reumatologista Marcos Renato de Assis, da comissão de Coluna Vertebral da SBR, é possível nascer com desvios da coluna decorrentes de malformações, mas é mais comum que esses desvios se desenvolvam posteriormente.
A maioria dos casos surge entre infância e adolescência, diz o reumatologista, mas existem aqueles que aparecem na idade adulta ou em idosos, sendo que neste caso às vezes é difícil distinguir quem aparece com um desvio da coluna novo de quem agrava um desvio prévio.
>> Para receber as informações mais importantes do dia pelo WhatsApp, gratuitamente, basta clicar AQUI!
>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO