Meia Maratona em Chapecó marca a retomada das corridas de rua no Oeste
Na hora da largada, os participantes foram organizados em quatro filas. A cada aviso sonoro, quatro atletas tinham autorização pra sair
• Atualizado
Por: Andrielli Zambonin
Após 28 meses desde o início da pandemia do coronavírus, Chapecó teve a manhã de domingo (22) marcada pelo retorno das corridas de rua com a Meia Maratona, em homenagem aos 104 anos do município.
Depois de tanto tempo, voltar a competir fez os atletas transbordarem emoção. “A felicidade é imensa, correr é minha vida”, descreveu Elinete Ferro, uma das competidoras.
>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK.
Teve até gente que não correu a Meia Maratona, mas ganhou medalha por vencer a Covid-19. Foi o caso da Neuza Satin que, aos 78 anos, acompanhou o filho na corrida. “Ninguém creditava que eu conseguiria me recuperar, e hoje estou aqui, assistindo meu filho e até ganhei uma medalha”, disse Satin, que ficou 14 dias internada.
A Meia Maratona de Chapecó representa além da comemoração do aniversário do município, também a alegria de tantas pessoas que levam a corrida, como estilo de vida.
“Eu estou muito feliz, não tem nem palavras para explicar essa emoção em estar de volta. E acredito que está seguro com relação as medidas de prevenção a Covid”, disse o participante Leandro Bordgnon.
Mas para que essa retomada fosse em segurança, uma série de medidas preventivas foram tomadas. Os atletas foram separados por faixa etária em quatro largadas diferentes. A partir das 7h foi a largada dos 21km, a partir das 7h30min os 10Km, ambas na rua Barão do Rio Branco. Já a largada dos 5km, a partir das 10h, e os 2km a partir das 10h40min, na Rua Jorge Lacerda. O distanciamento era organizado com cones.
Na hora da largada, os participantes foram organizados em quatro filas. A cada aviso sonoro, quatro atletas tinham autorização pra sair. E pra não ter erro no resultado, cada atleta carregava consigo um chip, que calculava o tempo de prova, para que não houve diferença no resultado final quem largou antes ou depois.
“É um protocolo bem específico que estamos seguindo a risca para que os participantes e organizadores estejam seguros. Esse evento marca a retomada das corridas de rua no Oeste. Por aqui tem álcool gel em vários locais, os cartazes de orientação, tem também máscaras. Os participantes podem tirar a máscara no percurso, mas na largada é obrigatório o uso”, explicou Mariana Neves, uma das organizadoras do Corre Brasil.
E quem ainda não estava pronto para retornar para as ruas, conseguiu competir on-line. Mas há quem diga que não existe nada como a emoção de uma matona ao vivo. “Estou muito feliz, só faltou o público pra torcer mesmo. É a minha primeira maratona presencial, então é especial”, disse João Schier que começou a correr durante a pandemia.
E para quem tira o sustento da família das corridas de rua, esse momento foi um grande alívio. É o caso do Hilton Mendonça, que comercializa meias em maratonas. A família teve que vender carro e motor home pra tentar se manter durante a pandemia, mas com este domingo a esperança volta a aparecer.
“Não foi fácil, eu fico arrepiado até em falar, pois passamos momentos difíceis. Eu vivo desses eventos. Graças a Deus agora posso voltar a trabalhar”, disse o comerciante.
Confira a reportagem:
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO