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50 diagnósticos

Dia Nacional do Teste do Pezinho é celebrado com ampliação de diagnóstico

Exame é responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Rodrigo Nunes | Ministério da Saúde
Foto: Rodrigo Nunes | Ministério da Saúde

O Dia Nacional do Teste do Pezinho é comemorado todo dia 6 de junho e, neste ano, há um motivo a mais para celebrar. Em maio deste ano, foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia de seis para aproximadamente 50 diagnósticos. O exame é responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas que, identificadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança.

A lei entrará em vigor 365 dias após a publicação e será implementada de forma escalonada, de forma a aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). O rol de doenças detectáveis pelo teste será ampliado ao longo de cinco etapas, baseadas em evidências científicas e considerando os benefícios do rastreamento, diagnóstico e tratamento. Serão priorizados aqueles problemas de saúde com maior prevalência no Brasil, as quais já existem protocolos de tratamento aprovado e incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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O Teste do Pezinho é obrigatório e deve ser realizado em todos os recém-nascidos. A coleta para o exame deve ocorrer, preferencialmente, a partir de 48 horas até o quinto dia de vida do bebê e é realizado em unidades de saúde e maternidades de todo o país. Caso o resultado demonstre a existência de alguma das doenças detectáveis, a família é contatada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal para a realização de novos exames. O teste é coletado na rede pública, de forma gratuita desde a triagem, confirmação, diagnóstico e tratamento para uma série de condições.

No último ano, o programa de triagem testou 2,2 milhões de bebês, em cerca de 29 mil pontos de coleta espalhados pelo país. Do total 2.746 recém nascidos foram diagnosticados com uma das seis doenças identificadas pelo teste, o que representa 0,12% do total daqueles que foram triados. A maior parte desses diagnósticos foi para hipotireoidismo congênito (1.210) e doença falciforme (964).

Nos últimos três anos, o investimento do Governo Federal para o Teste do Pezinho chegou próximo de R$ 100 milhões ao ano.

Profissionais do HU-UFSC garantem direito de recém-nascidos ao Teste do Pezinho

O tratamento precoce destas doenças possibilita o desenvolvimento físico e mental adequado às crianças, sendo que no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) todas as crianças que ficam mais de dois dias internadas têm amostras recolhidas.

A chefe da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi Intensivos Neonatais (UTI Neo) do HU, Carolina Junges, explicou que o teste deverá ser realizado entre o segundo e quinto dia de vida do recém-nascido, sendo observadas as particularidades de cada caso, como prematuridade e transfusão sanguínea. Portanto, os bebês que têm alta em até 48 horas são encaminhados para a coleta de amostra na Unidade Básica de Saúde (UBS) de suas comunidades. No ano passado foram coletadas 321 amostras na instituição, sendo a maioria de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

teste do pezinho
Fiti: HU-UFSC/Ebserh | Divulgação

Com esta simples coleta, um direito de todo recém-nascido no Brasil, é possível identificar precocemente: Hipotireoidismo Congênito (HC), Fenilcetonúria (PKU), Doença Falciforme (DF), Aminoacidopatias (AA), Fibrose Cística (FC), Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) e Deficiência de Biotinidase (BIO), sendo que foi sancionada uma lei prevendo a ampliação do número de doenças cobertas por este teste.

Carolina Junges explicou que, na prática, o profissional de Enfermagem responsável pela assistência faz a coleta da amostra, que é colocada em um cartão próprio para este procedimento e, em seguida, em um envelope destinado à Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, no Paraná, responsável pela realização do Programa Nacional de Triagem Neonatal, que também é credenciada como Laboratório Especializado em Triagem Neonatal para o estado de Santa Catarina.

Os casos positivos são encaminhados para tratamento, o mais rápido possível, diminuindo as chances de que o recém-nascido venha a desenvolver complicações graves causadas pelas doenças pesquisadas. O Dia Nacional do Teste do Pezinho, instituído pela Lei nº 11.605/2.007, tem como meta informar à população os objetivos do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a importância da realização do teste e sua obrigatoriedade para todos os recém-nascidos. A médica pediatra do HU-UFSC/Ebserh, Giovana Carla Trilha, ressaltou a importância da realização deste teste. “O teste detecta doenças que se não forem tratadas precocemente podem levar a sequelas e, se forem identificadas a tempo, têm tratamento”, explicou.


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