UPA Lages pode ter atendimentos suspensos pelo CRM após terceirização? Veja como fica
O presidente do conselho explicou como será a atuação após a administração da unidade por uma instituição privada
• Atualizado
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lages recebeu um ultimato neste mês após problemas identificados pela equipe de fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), podendo ter atendimentos suspensos. Na última sexta-feira (26), entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde comunicou que a unidade será administrada por uma instituição sem fins lucrativos.
Até o último dia 27, a unidade deveria resolver a falta de médicos para compor escalas de pediatria e clínica médica, além da falta do serviço de raio X de forma ininterrupta durante o dia para evitar a chamada interdição médica. À Rádio Clube de Lages, o presidente do conselho, Eduardo Ribeiro, explicou nesta segunda-feira (29), que o conselho continuará fiscalizando a UPA após o processo de terceirização.
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De acordo com o presidente, a medida foi aplicada após diversas fiscalizações e advertências do conselho. “Chegamos nesse limite máximo, que não gostamos de tomar, que é o indicativo de interdição médica. Isso ocorre em prol da segurança das pessoas e da comunidade, e dos próprios médicos. Um número de profissionais que não dá conta de atender aquela demanda toda ao mesmo tempo, acaba colocando em risco à população e agravos que não deveriam”, disse.
O presidente afirma que o conselho continuará vigilando o município quanto às demandas de atendimento, mesmo após a terceirização da unidade. Segundo ele, o CRM deve prorrogar o período limite para adequação da unidade após o indicativo da interdição médica.
“A decisão de terceirização foi uma decisão de gestão, que cabe a ele, administrativa, e que o CRM vai, na verdade, continuar vigilante e atento, cobrando que as exigências mínimas sejam cumpridas. Vamos seguir cobrando do secretário do município, que vai cobrar do instituto”, explica o presidente do CRM-SC.
O Secretário de Saúde Municipal, Claiton Camargo, afirmou que o Instituto Maria Schmitt (IMAS) vai administrar a UPA a partir do dia 1 de junho. Sobre a empresa, o presidente afirma que o conselho tem boas expectativas para a resolução da escala médica.
“O instituto tem parcerias e essa exigência de escala eles costumam conseguir completar. Então em graus variados, temos feito a fiscalização no Estado todo, e problemas acontecem também com eles e outras unidades. Faltar médico, que era o que estava acontecendo, a expectativa é que consigam resolver”, disse o presidente.
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