Universidade se manifesta após aluna sofrer tentativa de estupro fora do campus em Lages

A Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (22) sobre a segurança da instituição após uma estudante ter sido vítima de uma tentativa de estupro no início do mês, em Lages. Apesar de a agressão ter ocorrido em um bairro distinto da faculdade, estudantes expressaram preocupações com a falta de segurança nas proximidades do campus.

No dia 7 deste mês, a estudante Natália Alexandre, de 23 anos, compartilhou um vídeo nas redes sociais relatando a tentativa de estupro que sofreu ao sair da faculdade, no bairro Ferrovia. Ela contou que caminhava em direção a sua casa quando foi atacada por um criminoso armado e levada, sob ameaças, para um matagal. 

Duas semanas após a divulgação do ocorrido, a Uniplac informou ter convidado o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representantes do grupo no WhatsApp chamado “SOS UNIPLAC”, que conta com mais de 900 membros, criado para discutir medidas de segurança, para inicialmente explicar o funcionamento atual do sistema de segurança na universidade.

A universidade comunicou que tomou conhecimento de alguns fatos ocorridos nas rendondezas da instituição e de alguns relatos de alunos através das redes sociais. Frisou, no entanto, que não recebeu qualquer informação relacionada a atos de violência dentro do campus, em momento anterior, enfatizando que: “descaracteriza qualquer tipo de omissão por parte da Reitoria ou da Fundação”.

A instituição também informou que, em colaboração com a Polícia Militar, foram implementadas mais rondas e uma atenção especial na área de fora do campus, considerada como uma questão de segurança pública. Além disso, esclareceu que conta com aproximadamente 120 câmeras monitorando o campus e que as rondas serão intensificadas para garantir a segurança de todos os envolvidos.

Falta de iluminação na região preocupa moradores e estudantes

A falta de iluminação na região tem gerado preocupações entre moradores e estudantes, especialmente após a divulgação da matéria sobre a tentativa de estupro. Vários comentários destacaram a pouca iluminação, levando a reportagem da Rádio Clube de Lages a visitar o bairro no início do mês e conversar com os moradores para entender a situação.

Ana Cristina, moradora na avenida Marechal Castelo Branco há quatro anos, relatou que várias lâmpadas não funcionam antes da Ponte Grande, local onde ocorreu a tentativa de estupro.

“A iluminação é nos cobrada todos os meses e estamos sofrendo. As lâmpadas que têm são poucas e fica uma completa escuridão à noite. A moça teve muita coragem, espero que nenhuma de nós passe novamente. Acredito que todos nós devemos lutar pelos nossos direitos, e um deles é a iluminação”, contou.  

O Secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Jean Felipe, responsável pela iluminação pública de Lages, informou que a pasta já possui mais de 3 mil lâmpadas de LED para realizar a revitalização. Ele afirmou na ocasião que os funcionários verificariam o local onde ocorreu o crime para buscar solucionar a questão da iluminação na região.

Leia a nota completa da universidade:

Há alguns dias tomamos conhecimento de alguns fatos ocorridos nas rendondezas da instituição e tambem de alguns relatos de alunos através das redes sociais.
Frisamos que não recebemos qualquer informação relacionada a atos de violência no campus, em momento anterior, o que descaracteriza qualquer tipo de omissão por parte da Reitoria ou da Fundação.

Contudo, tendo em vista a gravidade do assunto e ainda, que a segurança dos nossos alunos é prioridade, convidamos o DCE e representantes do grupo de WhatsApp denominado “SOS UNIPLAC“, para inicialmente descrever como funciona a segurança no Campus e todos os investimentos feitos para sua garantia e após, ouví-los e juntos criarmos estratégias eficazes de controle e ação.

Importante frisar que do campus para fora estamos tratando de “segurança pública “ e que junto com a corporação da PM já garantimos mais rondas e uma atenção redobrada.
Ainda, informamos que nosso campus é monitorado por cerca de 120 câmeras e que as rondas serão intensificadas para a segurança de todos.
O grupo trouxe algumas sugestões que serão analisadas e colocadas em prática o mais breve possível.
Esta gestão sempre esteve aberta e sempre estará para ouví-los, acolhê-los e certamente trabalhar para que vocês, nossos alunos, vivam aqui dentro, sua melhor experiência.

Atenciosamente,
Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac.

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