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Tribunal do crime

Três pessoas são denunciadas por participar de sequestro e tortura em Lages

Os acusados teriam amputado três dedos da vítima e dado uma falange para o cachorro se alimentar

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Divulgação/Polícia Civil de Santa Catarina
Foto: Divulgação/Polícia Civil de Santa Catarina

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou três pessoas por participar de um episódio marcado por sequestro e tortura em dezembro de 2022, no bairro Morro do Posto, em Lages. No crime, o objetivo dos suspeitos era extrair informações privilegiadas sobre um grupo rival.

De acordo com o MP, as investigações apuraram que dois homens obrigaram um desafeto e a namorada dele a irem até uma casa. Chegando lá, torturaram o rapaz na tentativa de obter informações a respeito do grupo ao qual ele supostamente pertencia. Enquanto isso, a mulher impedia a namorada do jovem torturado de deixar o local. Dois adolescentes participaram de toda a ação.

Segundo a denúncia, naquela noite, os dois acusados, membros de uma organização criminosa, ainda teriam utilizado armas de fogo para forçar as vítimas a irem até a residência. Eles deram socos e coronhadas na vítima, o queimaram com plástico derretido e, por fim, amputaram três dedos de sua mão esquerda, dando uma falange para o cachorro se alimentar.

A namorada do jovem torturado foi impedida de deixar o local pela mulher e teve que assistir a tudo. Dias depois, ela foi ameaçada de morte por um dos acusados, caso não retirasse o boletim de ocorrência contra o grupo.

Denúncias

A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages denunciou um dos agressores por organização criminosa, tortura, sequestro, corrupção de menores e coação no curso do processo; o outro foi acusado por organização criminosa, tortura, sequestro e corrupção de menores; e a mulher, por sequestro e corrupção de menores. O crime de sequestro foi agravado pelo fato de que a vítima, a namorada do rapaz torturado, ter menos de 18 anos de idade.

Os dois homens denunciados estão presos preventivamente no Presídio Regional de Lages. A participação de outros membros da organização criminosa, dando ordens por vídeo chamada, está sendo investigada.

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