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Tempestade em Lages foi causada por microexplosão; aponta meteorologista

O fenômeno, considerado raro e extremamente violento, explica a dimensão dos estragos registrados em diferentes pontos da cidade

• Atualizado

Ricardo Souza

Por Ricardo Souza

Tempestade em Lages foi causada por microexplosão; aponta meteorologista | Foto: 5º BBM
Tempestade em Lages foi causada por microexplosão; aponta meteorologista | Foto: 5º BBM

A tempestade que atingiu Lages no final da tarde de domingo (30) foi resultado de uma microexplosão atmosférica, segundo análise preliminar do meteorologista Piter Scheuer. O fenômeno, considerado raro e extremamente violento, explica a dimensão dos estragos registrados em diferentes pontos da cidade.

De acordo com Scheuer, uma célula convectiva explosiva se formou rapidamente sobre o município, gerando chuva intensa, trovoadas, granizo e ventos que podem ter ultrapassado 100 a 120 km/h velocidade típica desse tipo de evento.

Por que foi uma microexplosão?

Segundo o meteorologista, diversos fatores indicam que o fenômeno observado em Lages se encaixa nas características de uma microexplosão:

  • Rajadas de vento muito intensas e localizadas, responsáveis por danos concentrados em áreas específicas;
  • Queda súbita de ar frio da nuvem para o solo, que provoca impacto violento ao tocar o chão, espalhando ventos em todas as direções;
  • Destruição compatível com esse tipo de evento, incluindo destelhamentos, árvores arrancadas e estruturas danificadas de forma abrupta;
  • Formação de uma célula convectiva extremamente forte condição típica para a ocorrência de microexplosões.

Scheuer explica que o fenômeno foi potencializado pela combinação de calor intenso, alta umidade, redução da pressão atmosférica na superfície e perturbações nos níveis intermediários da atmosfera. A presença de um sistema de baixa pressão entre o Uruguai e a Argentina também contribuiu para a organização das instabilidades.

“Essa junção de fatores favoreceu o desenvolvimento de uma microexplosão, com ventos acima de 100 km/h, responsável pelos principais danos registrados no município”, afirmou o meteorologista.

Os efeitos da tempestade foram sentidos especialmente no Centro e em bairros próximos, onde houve destelhamentos, quedas de árvores e danos significativos em prédios públicos e privados. A Prefeitura de Lages ainda avalia o impacto total da destruição.

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