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Indignação

“Só fazer uma toca e não sair mais de lá”, diz diretora à mãe sobre segurança em creche na Serra Catarinense

Resposta aconteceu após uma mãe reivindicar mais segurança no CEIM

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

CEIM Adão Rosa | Preocupação com a segurança ocorreu após a tragédia em uma creche de Blumenau | Foto: Prefeitura de São José do Cerrito
CEIM Adão Rosa | Preocupação com a segurança ocorreu após a tragédia em uma creche de Blumenau | Foto: Prefeitura de São José do Cerrito

Após o atentado que deixou quatro crianças mortas em uma creche de Blumenau na manhã desta quarta-feira (5), pais têm relatado preocupação sobre a segurança escolar em cidades de Santa Catarina. Em São José do Cerrito, a mãe de um aluno do Ceim Adão Rosa, recebeu a resposta da direção de que teria que “fazer uma toca e não sair mais de lá”, ao questionar sobre o reforço de monitoramento na creche.

O áudio foi divulgado em um grupo denominado “mobilização para segurança nas escolas”, criado por pais que reivindicam mais segurança nas unidades de ensino da cidade que possui pouco mais de 8 mil habitantes, localizada na Serra Catarinense. Após o compartilhamento, a resposta da diretora do CEIM gerou indignação da comunidade escolar. 

“Aula tem normal. O perigo tem em todo lugar, onde a senhora for. Só se a senhora fazer uma toquinha para o seu filho, para vocês, todo mundo, e não sair mais de lá. Porque o perigo corre todos os dias, na rua, aonde for, nos parquinhos, nas festas. Se sair, estamos correndo perigo”, disse a diretora no áudio encaminhado à mãe de um aluno.

Uma mãe, que não quis se identificar, disse estar revoltada com a resposta da diretora. “Achei um absurdo. Nós pais deixarmos nossos filhos dentro de uma toca, como ela falou, porque com certeza nós queremos mais segurança e que eles estejam protegidos. Nós não podemos, eu como mãe, ficar em casa desesperada e mandar eles para o colégio, sabendo que não tem segurança nenhuma”.

Diretora diz que foi mal-interpretada

À reportagem da Rádio Clube de Lages, a diretora do Ceim Adão Rosa, Márcia Santos, afirmou que foi mal-interpretada. “Falei em particular, não foi nesse sentido que eu falei. O que comentei foi que todos correm perigo, todo mundo nas escolas, nos bancos, nos parques, onde for, até na igreja, tem perigo. Ela interpretou de outra maneira”, disse.

Sobre a segurança na unidade, a diretora diz que o tema já está sendo discutido por autoridades do município. “Nosso secretário, alguns vereadores, o nosso prefeito e vice-prefeito já fizeram uma reunião para tomar providências. No áudio que mandei para ela, até perguntei para ela se ela já tinha procurado outras autoridades. Estou na direção, mas tem todo um pessoal acima de mim. Eu sozinha não consigo fazer, muros, grades, câmeras ou talvez um guarda”, disse.

Nas redes sociais, uma mãe afirma que foi definida, na Secretaria da Educação do município, uma reunião para debater sobre o tema. Segundo ela, a partir das 17h30min, no CEIM Adão Rosa, autoridades e pais discutirão sobre a segurança na creche. 

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