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Campanha de Vacinação

Saúde lança campanhas de vacinação contra a Poliomielite

O Dia "D" da vacinação contra a Poliomielite será no dia 20 de agosto. A saúde ainda reforça a multivacinação de crianças e adolescentes

• Atualizado

Alessandra Simionato

Por Alessandra Simionato

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Elevar as coberturas vacinais para proteger crianças e adolescentes de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação. Esse é o principal objetivo das Campanhas de Vacinação contra a Poliomielite e a de Multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos lançadas na manhã desta sexta-feira, (05).

As campanhas ocorrerão simultaneamente em todos os municípios do estado de Santa Catarina entre os dias 8 de agosto e 9 de setembro. O Dia D, sábado de mobilização estadual, onde os postos ficam abertos para a vacinação, será no dia 20 de agosto.

O secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, falou sobre o planejamento do Estado em intensificar esta ação e com a plena participação de todos os municípios.

Estamos trabalhando em alguns eixos e abordagens nesse momento. Nosso objetivo é criar engajamento e intensificar estratégias de comunicação. A campanha já passou pela Secretaria da Comunicação e pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica do estado, trazendo as abordagens necessárias para que não haja impedindo social, e também está sob análise do Tribunal Regional Eleitoral, dependo do que for decidido as ações serão ajustadas de acordo com a legislação vigente.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, explica que o foco principal é atualizar a carteira nacional de imunização.

A criança chegará no posto de saúde e será verificada sua caderneta. Se a criança precisar de mais de uma vacina, o imunizador deve aplicá-las concomitantemente.

Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), destaca que a adesão a essas duas Campanha é de extrema importância para que Santa Catarina e o Brasil permaneçam livres da poliomielite e para que crianças e adolescentes cresçam saudáveis.

Ao longo dos anos, temos percebido uma queda nas coberturas vacinais, o que nos preocupa, precisamos manter as coberturas altas para evitar que doenças já controladas ou erradicadas retornem ao nosso convívio e para reduzir, cada vez mais, a incidência de doenças preveníveis com a vacinação, avalia.

Painel de Vacinação

Para que a população possa acompanhar o andamento das campanhas, a Secretaria da Saúde vai disponibilizar semanalmente um Painel de Vacinação com informações sobre o número de crianças e adolescentes que procuraram uma unidade de saúde para atualizar a caderneta de vacinação e quantos precisaram ser vacinados. As informações serão divulgadas por município e faixa etária, de zero a 14 anos, público-alvo das campanhas.

Com o Painel, será possível ver a evolução da Campanha e acompanhar a adesão da população às vacinas que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação e que são de extrema importância para a prevenção de diversas doenças.

As Campanhas

Na Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, a indicação é vacinar, de forma indiscriminada, crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico. Para crianças menores de um ano, a vacinação deve ser feita conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário, 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses, com a vacina VIP. O público estimado é de 488.948 crianças na faixa etária de 0 a 4 anos.

Já na Campanha de Multivacinação serão oferecidas para crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. São 17 tipos que protegem contra mais de 20 doenças como febre amarela, sarampo, meningite, caxumba, rubéola, tétano e coqueluche. Nesta Campanha, as doses são recomendadas para todos aqueles que, por algum motivo, deixaram de tomar as vacinas ou estão com esquemas vacinais incompletos. Importante ressaltar que a cobertura vacinal desejada é de 95% para quase todas as vacinas, exceto para a do rotavírus e a BCG, que é de 90%.

Durante o período das Campanhas, crianças e adolescentes também poderão ser vacinados contra a Covid-19. Segundo orientação do Ministério da Saúde, não existe mais a necessidade de aguardar o intervalo de 15 dias para aplicação da vacina contra a Covid-19 e demais doses do Calendário Nacional de Vacinação em crianças a partir dos 3 anos. Sendo assim, as doses podem ser tomadas de forma simultânea ou com qualquer intervalo.

Em caso de dúvidas sobre a situação vacinal da criança ou do adolescente, a recomendação é procurar um posto de vacinação.

Estratégias de Vacinação

Conforme discutido e aprovado na última reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) realizada no dia 28 de julho, os municípios catarinenses devem adotar as seguintes estratégias de vacinação, durante o período das Campanhas:

  • Ampliação dos horários de funcionamento das salas de vacinação;
  • Todo sábado é dia de vacina, com a abertura dos postos de saúde, durante o período das Campanhas, em todos os sábados;
  • Aproveitar todas as oportunidades de vacinação, em especial quando a criança ou o adolescente comparecer à unidade de saúde para consultas ou outros procedimentos, para verificar a situação vacinal;
  • Evitar barreiras de acesso como a não obrigatoriedade de comprovante de residência para a vacinação;
  • Utilizar o ambiente escolar para conversas com os responsáveis sobre a importância da vacinação, além palestras e ações de conscientização das crianças e dos adolescentes, e verificação das cadernetas e ações de vacinação nestes locais.

Poliomielite no Brasil e em Santa Catarina

O Brasil não detecta casos de poliomielite (paralisia infantil) desde 1990. Em 1994 recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território. Em Santa Catarina, os últimos registros da doença foram em 1989. No entanto, os esforços ainda precisam ser mantidos, com a imunização de todas as crianças, para reduzir o risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país.

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