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Boa expectativa

Santa Catarina dá início à safra de maçã e espera colher 570,8 mil toneladas

Com aproximadamente três mil produtores, o Estado conta com basicamente agricultores familiares

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Com o início oficial da safra de maçã realizado nessa sexta-feira (10), em Fraiburgo, o Estado de Santa Catarina espera colher 570,8 mil toneladas da fruta em 2023. Com aproximadamente três mil produtores, o Estado conta com basicamente agricultores familiares na região de São Joaquim e Fraiburgo.

“Nós queremos ajudar os agricultores, vamos trabalhar para desatar os nós, diminuir a burocracia, ajudar e incentivar o produtor rural. Nós temos os agricultores mais eficientes do mundo, com o trabalho da Epagri, Cidasc, das cooperativas e da iniciativa privada, precisamos agora resolver os problemas além das porteiras. Temos que levar os mesmos benefícios que temos na área urbana para o meio rural: acesso à internet, energia trifásica, boas estradas e melhores condições de renda. Vamos trabalhar para manter o modelo catarinense, que é único e de excelência”, destaca Colatto.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes de Albuquerque, este ano os produtores irão recuperar os patamares históricos de produção e o clima contribuiu para uma safra diferenciada. “O clima foi favorável para a formação de frutos de excelente qualidade. Nessa safra teremos frutas saborosas, crocantes, suculentas, coloridas e aromáticas, da forma que os consumidores gostam”, ressalta.

Importância econômica

Em valores brutos da produção, a maçã contribui com cerca de 50% da fruticultura estadual, um total de R$ 570 milhões. Para a armazenagem, distribuição e comercialização em mercados atacadista e de varejo, há o envolvimento de outros serviços, que ampliam a contribuição da cadeia produtiva e de comercialização de maçã para mais de R$ 2,5 bilhões anuais na economia catarinense.

Indicação Geográfica da Maça Fuji

A Maçã Fuji da Região de São Joaquim foi a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Uma IG atesta que um produto só tem aquelas características porque é produzido de determinada forma, ou porque tem notoriedade na produção. A Denominação de Origem parte do pressuposto de que as características geográficas (naturais e humanas) dessa região determinam a singularidade e a qualidade do produto.

Diferencial catarinense

Santa Catarina faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella. A praga, também conhecida como traça da maçã, pode causar grandes prejuízos aos produtores rurais e está longe do território catarinense há quase 10 anos.

A Cydia pomonella é considerada o pior inseto praga da fruticultura no mundo e mantê-la fora de Santa Catarina exige um trabalho contínuo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e produtores rurais. A abertura de mercados é apenas um dos resultados obtidos após a erradicação da praga, pois a qualidade geral dos frutos também é preservada, uma vez que não é necessário o uso de inseticidas para o controle da doença nos pomares.

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