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Investigação

Saiba quem são os primeiros convocados a depor na CPI da Semasa de Lages

A comissão investiga supostas irregularidades nos contratos terceirizados com a secretaria

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

A CPI para a investigação da Semasa de Lages foi instaurada nessa segunda-feira (27) | Foto: Alessandra Simionato/Rádio Clube de Lages
A CPI para a investigação da Semasa de Lages foi instaurada nessa segunda-feira (27) | Foto: Alessandra Simionato/Rádio Clube de Lages

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Águas e Saneamento de Lages (Semasa) inicia, nesta quarta-feira (22), a ouvir os primeiros convocados a depor na Câmara Municipal de Vereadores de Lages. 

Abertos ao público com transmissão nos canais da Câmara, os depoimentos iniciam a partir das 14h30min com a atual secretária da Semasa, Taíse Paeze. Às 15h30min, o atual secretário de Administração e Fazenda de Lages, Alexandre Martins, deve depor na Casa Legislativa. 

De acordo com o relator da CPI, Jair Júnior (Podemos), a Semasa e a prefeitura de Lages não teriam encaminhado toda a documentação solicitada para as primeiras oitivas. “Solicitamos novamente que a Semasa encaminhe agora toda a documentação no prazo de até quarta-feira, amanhã. Amanhã também serão ouvidas as primeiras pessoas relacionadas aos contratos terceirizados com a Semasa”, disse o relator.

A primeira diligência realizada pela CPI ocorreu ao visitar o aterro sanitário, operado pela empresa Serrana Engenharia, no distrito de Índios, interior do município. Os vereadores conheceram a dinâmica do controle feito no momento em que o lixo chega ao aterro, até os detalhes de pesagem, o sistema operacional, a identificação referente ao transporte, origem dos resíduos e destinação final.

Entenda como vai funcionar a investigação da CPI da Semasa de Lages

A Câmara de Vereadores de Lages aceitou o pedido, em sessão legislativa realizada no dia 27 de fevereiro para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa). Segundo o proponente da CPI, Jair Júnior (Podemos), a comissão visa investigar todos os contratos terceirizados da secretaria.

A investigação ganhou força no legislativo lageano após vir à tona informações sobre a operação Mensageiro, que investiga contratos de empresas com prefeituras para coleta ou destinação de lixo. Em Lages, a ação, que é realizada pelo Ministério Público em conjunto com o GEAC e o GAECO, prendeu o prefeito, Antônio Ceron (PSD), e três secretários da cidade.

O documento protocolado pelos vereadores aponta a falta de processo licitatório nos últimos dois anos para o sistema de coleta de resíduos sólidos, alinhada como a suspeita de fraude na licitação e corrupção, e a falta de informações de pagamentos e contratos no Portal da Transparência da prefeitura. De acordo com ele, foram identificados aumentos superiores à inflação no pagamento de contratos ao gestor responsável pelo abastecimento em Lages.

  • Para a instauração da CPI são necessárias 6 assinaturas, 1/3 dos vereadores. Nas últimas semanas, faltava uma assinatura de um representante lageano, que foi preenchida com a troca de posição e assinatura do vereador Nei Casa Nossa (Republicanos).
  • Instaurada a CPI, agora ela terá inicialmente o prazo de 120 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. Por fim, serão cinco os membros que vão compor a Comissão, apontados pela proporcionalidade dos partidos. Foram indicados os vereadores: Enio do Vime e Heron Souza (PSD), Jair Junior (Progressistas), Katsumi Yamaguchi (Progressistas) e a vereadora Suzana Duarte (Cidadania.
  • Além de poder usar a estrutura e os funcionários da câmara e contratar serviços especializados externos, a CPI pode determinar diligências e sindicâncias, ouvir acusados e testemunhas, requisitar informações e documentos, deslocar-se para realizar investigações, estipular prazos para o atendimento de suas providências e requerer inspeções e auditorias do Tribunal de Contas do Estado.
  • Ao término dos trabalhos, a Comissão apresentará relatório circunstanciado com suas conclusões e, se necessário, encaminhá-lo ao Ministério Público para que se promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

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