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Destaque serrano

Queijarias da Serra Catarinense conquistam medalhas com queijo colonial de qualidade

O evento promovido pela Epagri trouxe visibilidade às queijarias da Serra Catarinense

• Atualizado

Ingrid Deucher

Por Ingrid Deucher

O concurso avaliou diversas queijarias de Santa Catarina. | Foto: Epagri
O concurso avaliou diversas queijarias de Santa Catarina. | Foto: Epagri

O segundo concurso catarinense de queijos artesanais, promovido pela Epagri, trouxe visibilidade às queijarias da Serra Catarinense. Cinco municípios da região brilharam no evento que aconteceu na última quarta-feira (06), em Rio do Sul, conquistando 10 medalhas entre ouro, prata e bronze, evidenciando a alta qualidade e tradição dos queijos coloniais locais. 

Esse reconhecimento reflete o crescimento do valor agregado ao produto após a certificação de Indicação Geográfica (IG), que vem impulsionando a renda e o desenvolvimento da agroindústria familiar na região.

Medalhas e destaques na Serra Catarinense

Entre os premiados, as queijarias de Capão Alto, São Joaquim, Bom Retiro, Correia Pinto e Lages se destacaram. Na categoria prata, foram premiadas a Queijaria Iguaria Serrana, de Capão Alto; a Queijaria do Tio Tácio, de São Joaquim; e a Queijaria Sítio Santo Antônio, de Bom Retiro. A Keylex Alimentos, de Correia Pinto, conquistou duas pratas com os queijos frescos de creme de ricota com damasco e nozes, e creme de ricota com azeitonas.

Na categoria bronze, a empresa Keylex de Correia Pinto foi novamente destaque com o queijo colonial apimentado e também com o sabor de doce de leite. A Queijaria Coxilha Rica, de Lages, também foi premiada com o Queijo Artesanal na categoria bronze.

O prêmio máximo, a medalha de ouro, foi para a Granja Três Lagoas de Capão Alto e novamente para a Keylex Alimentos, com o queijo fresco colonial.

O produtor José Machado, de Capão Alto, que conquistou o ouro com o queijo colonial, expressou a felicidade e o orgulho pelo reconhecimento de décadas de trabalho ao lado da esposa, Salete. “É um incentivo para continuarmos sempre caprichando cada vez mais. Esse prêmio nos deixa muito felizes”, afirma o produtor, ressaltando que o carinho dedicado ao produto reflete a tradição familiar.

Apoio técnico e fortalecimento da cadeia produtiva

Essas conquistas foram possíveis graças ao apoio técnico dos extensionistas da Epagri. A engenheira agrônoma Ana Paula Schlichting, de Capão Alto, destacou o trabalho iniciado em 2009, focado no fortalecimento da cadeia produtiva do queijo serrano. Através de assistência técnica, capacitações em boas práticas de fabricação e apoio do programa SC Rural, a Epagri auxiliou os produtores na legalização e qualificação do produto. Esse trabalho culminou na certificação de Indicação Geográfica em 2020, um marco que abriu novas portas para o queijo serrano nos mercados locais e regionais.

“O produtor vem até a Epagri buscar a orientação, ele quer legalizar o produto, então a gente sempre em conjunto com o serviço de inspeção municipal busca orientar, passar informações para que o produtor possa acessar, ter esse produto legalizado, ter esse produto com qualidade, com garantia para o consumo da população.”, afirmou Ana Paula.

Com o auxílio constante da Epagri, produtores têm condições de oferecer um produto de qualidade e confiabilidade para o consumidor, fortalecendo a tradição e o crescimento econômico da Serra Catarinense. A expansão do mercado de queijos artesanais na região melhora a renda das famílias e celebra o patrimônio cultural e a dedicação das famílias que mantêm viva essa tradição.

Matéria em colaboração com o repórter Amarildo Volpato, da Rádio Clube.

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