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Operação Depósito Falso

PF apura desvios bancários que geraram prejuízos à Caixa Econômica Federal

A Polícia Federal já identificou, em um período de dois anos, a movimentação de valores que superam a quantia de 5 milhões de reais

• Atualizado

Alessandra Simionato

Por Alessandra Simionato

Foto: Ilustrativa
Foto: Ilustrativa

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira (06), um mandado de busca e apreensão, sequestro e indisponibilidade de bens no âmbito da operação “Depósito Falso”, com o objetivo de apurar desvios bancários que geraram prejuízos aos cofres da Caixa Econômica Federal na
cidade de Lages/SC.

O inquérito policial teve início ainda neste ano de 2022 a partir de informações prestadas pela administração da Caixa de Lages, que constatou divergência entre valores de saída em tesouraria e os recursos que existiam em caixa no Banco.

As investigações apontam para a prática do desvio de recursos por meio do registro de depósitos fictícios, com a possível participação de funcionário que trabalhava na agência da bancária, onde ocorreram as fraudes de desvio de recursos bancários.

Também foi cumprido um mandado judicial para o afastamento preventivo da função pública contra um servidor da Caixa Econômica Federal.

As medidas judiciais visam levantar provas sobre os possíveis crimes praticados pelos envolvidos, além de identificar e apreender bens obtidos com dinheiro de origem criminosa.

Até o momento, a PF já identificou que no período de dois anos houve a movimentação de valores financeiros de origem suspeita que superam a quantia de 5 milhões de reais.

O inquérito policial segue em curso e os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem chegar a 34 anos de prisão.

Em entrevista para a Rádio Clube de Lages, na manhã desta quinta-feira (06), o delegado da Polícia Federal de Lages Pedro Augusto, informa que a denuncia de irregularidades surgiu da própria Caixa Econômica Federal do município

Diante dessa comunicação a investigação foi iniciada, foi instaurada inquérito policial e conseguiu identificar que tinha possivelmente o envolvimento de um funcionário que realizava depósito falsos em sua conta. Ele dizia que recebia determinado valor e colocava na sua conta, mas na verdade ele não recebia esse valor. Então, eram depósitos falsos e até mesmo por isso o nome da operação. As investigações seguem para tentar elucidar, verificar possíveis outros agentes que atuavam na prática criminosa também.

A Caixa Econômica Federal, apesar de ser um banco de direito privado, é uma empresa pública. E neste caso, quando se trata de uma empresa pública federal, a atribuição para investigar é da polícia federal e competência da Justiça Federal, por isso que a gente é que tá atuando nessa nessa investigação.

O servidor da Caixa Econômica Federal foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Pedro Augusto explica:

Foi localizado uma arma de fogo irregular e que ocasionou a prisão em flagrante desse servidor. Hoje (06), foi cumprido um um mandado de busca e apreensão além disso foi determinado afastamento cautelar da função pública desse agente público e foi também um determinado sequestro de bens e a apreensão de um veículo.

O delegado fala sobre os próximos passos da operação “Depósito Falso”:

Agora o procedimento vai ser a análise dos materiais dos documentos que foram apreendidos. Para até mesmo dar uma correta instrução ao feito e conseguir responsabilizar exatamente as pessoas que praticaram o ilícito.

[ATUALIZAÇÃO] Na manhã desta sexta-feira (07), a Caixa Econômica Federal emitiu nota a respeito da operação “Depósito Falso”. Veja na íntegra o comunicado da instituição:

A CAIXA informa que monitora initerruptamente seus produtos e serviços e atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção a fraudes e golpes.

Adicionalmente a CAIXA esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.

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