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Alerta na saúde

Número de casos de Sífilis preocupa profissionais da saúde em Lages

Lages lidera os casos de sífilis na região serrana

• Atualizado

Ingrid Deucher

Por Ingrid Deucher

Foto: divulgação
Foto: divulgação

O aumento no número de casos de sífilis em Lages tem acendido um alerta entre os profissionais de saúde da região. Nos últimos meses, os dados apontam para um crescimento significativo de infecções, preocupando tanto as autoridades quanto a população.

A sífilis, uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode ter consequências graves se não tratada adequadamente, voltou a ser uma preocupação pública, apesar dos avanços na medicina e na prevenção. Os profissionais de saúde destacam que, além da falta de conhecimento sobre a doença, há um relaxamento nas práticas de prevenção, como o uso de preservativos.

A doença pode ser adquirida ou congênita. A forma mais comum de contrair a sífilis adquirida é durante uma relação sexual sem preservativo. Já a transmissão congênita é quando a bactéria passa da mãe para o bebê, durante a gravidez ou parto. 

Segundo dados da Regional de Saúde de Lages, que atende também outros municípios serranos, a região é a segunda no estado em investigação de casos de sífilis congênita, com 570 casos. Casos de 2018 a 2024, ficando atrás somente da regional de Florianópolis e região com 1024 casos em investigação. No caso da região serrana, Lages é a cidade que lidera os números de investigação e notificação de casos de sífilis.

Em entrevista ao repórter Evandro Gioppo, a médica infectologista Roberta Lestch alerta para os números e os cuidados com a doença. “Nos últimos seis anos foram notificados 939 casos de sífilis em gestantes em Lages, sendo 65 casos neste ano de 2024. Também foram notificados 392 casos de sífilis congênita nesses últimos seis anos e 21 esse ano em Lages. A sífilis adquirida teve notificação de 2.763 casos em Lages nos últimos seis anos e 355 esse ano. Lages é a cidade da Serra Catarinense com o maior número de casos de sífilis.”, explica a Dra.

Lages tem intensificado as campanhas de conscientização e testagem, buscando reverter essa tendência de alta. Unidades de saúde oferecem testes rápidos e gratuitos para a população, além de orientações sobre prevenção e tratamento.

A Secretaria de Saúde de Lages também reforça a importância de se buscar atendimento médico ao menor sinal de sintomas, que podem incluir lesões na pele, febre e mal-estar. O tratamento é simples e eficaz quando iniciado precocemente, mas o diagnóstico tardio pode levar a complicações graves, como danos neurológicos e cardiovasculares.

Os profissionais da área destacam que a informação e a prevenção são as melhores armas contra a sífilis. Assim, o esforço para educar e conscientizar a população continua sendo a principal estratégia para conter o avanço dessa e de outras doenças sexualmente transmissíveis na região.

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