Menino de 11 anos morre vítima de hantavírus em Urubici

O boletim da confirmação do primeiro caso de hantavírus em Urubici foi divulgado na manhã desta terça-feira (20). A informação foi confirmada pelo secretário de saúde municipal Diogo Blumer em entrevista para a Rádio Gralha Fm. Ainda de acordo com o secretário, o município de Urubici recebeu a confirmação do caso na sexta-feira (16).

Em entrevista para a Rádio Clube de Lages na tarde desta terça-feira (20), a prefeita de Urubici Mariza Costa informou, de acordo com familiares da criança, que a vítima do hantavírus, um menino de 11 anos foi mordido por um rato, principal transmissor da doença, e contraiu o vírus. A prefeita ainda afirma que o menino foi encaminhado à Lages para atendimento e que o mesmo teve demora a ser atendido.

O menino morreu vítima do hantavírus no início de setembro. A doença tem 60% de letalidade.

Segundo Mariza, com o florescer da taquara há uma invasão de ratos na região da Serra Catarinense, mas que o número de roedores já está diminuindo. A prefeita ainda diz que não foi possível confirmar a causa da morte por hantavírus antes que o exame saísse.

Todo cuidado é pouco na hora de trabalhar em locais em que há proliferação de ratos, como usar luvas e máscaras.

O que é o Hantavírus?

A hantavirose é uma zoonose viral aguda, cuja infecção em humanos se torna Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus. Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores silvestres de pelagem avermelhada, cinza ou até cor de terra, que podem eliminar o vírus pela urina, saliva e fezes. Os roedores podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer.

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a doença é marcada por uma alta taxa de letalidade no Estado. Em 2022, até a presente data, foram registrados cinco casos confirmados de hantavirose, e dentre estes, três evoluíram para óbito, o que representa uma letalidade de 60%.

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