Médico de Lages suspeito de importunação sexual está impedido temporariamente de atender pacientes mulheres
A medida cautelar visa garantir a apuração de um processo ético-profissional em andamento
• Atualizado
O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou a interdição cautelar parcial do exercício profissional do médico suspeito de importunação sexual contra uma paciente durante uma consulta ginecológica. A decisão, proferida pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) e referendada parcialmente pelo Tribunal Superior de Ética Médica em 19 de março de 2025, impede o médico de atender pacientes do sexo feminino pelo período de seis meses.
A medida cautelar visa garantir a apuração de um processo ético-profissional em andamento, no qual o médico é investigado por suposto crime de importunação sexual. Segundo o advogado de defesa do médico, Diego Rossi, a interdição é uma medida preventiva para evitar possíveis riscos durante a investigação administrativa.
“Essa interdição é tão somente uma decisão cautelar parcial. Ela não caçou o registro do médico, não impediu o médico de trabalhar amplamente”, explicou Rossi em entrevista à Rádio Clube de Lages. O advogado ressaltou que o médico já estava afastado de suas funções devido a problemas de saúde.
O advogado também expressou estranheza com a divulgação da decisão, já que processos ético-profissionais são considerados sigilosos.
Veja a decisão do Conselho Federal de Medicina
O Conselho regional de Medicina de Santa Catarina enviou uma nota à reportagem da Rádio Clube de Lages e portal SCC 10.
“O processo está em andamento. De acordo com o Código de Processo Ético-Profissional, o CRM-SC não pode fornecer mais detalhes sobre o caso. O Conselho Federal de Medicina (CFM) confirmou a interdição cautelar parcial do médico, determinada pelo CRM-SC, que seguirá válida enquanto a apuração estiver em curso.”
Quanto ao processo judicial relacionado à suposta importunação sexual, o advogado Diego Rossi, informou que o inquérito policial foi concluído e o delegado optou por não indiciar o médico, por entender que não houve crime. O Ministério Público já fez seus requerimentos e o caso está em análise pelo juiz. Devido ao segredo de justiça, o advogado não pode fornecer mais detalhes sobre o andamento do processo, mas afirmou que uma decisão judicial sobre o caso pode ser proferida a qualquer momento.
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