Mais de 3 mil pessoas vivem em favelas ou comunidades urbanas em Lages, aponta IBGE
No Brasil, cerca de 16 milhões de pessoas vivem nestes locais
• Atualizado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente dados sobre a situação das favelas e comunidades urbanas no Brasil, revelando que cerca de 16 milhões de brasileiros, 8,1% da população, vivem nesses locais.
Em Santa Catarina, o levantamento aponta 161 áreas classificadas como favelas ou comunidades urbanas, distribuídas em 24 municípios. Em Lages, especificamente, 3.222 pessoas estão em 990 domicílios localizados em oito áreas classificadas como favelas ou comunidades urbanas.
De acordo com o chefe da agência do IBGE em Lages, Ricardo Bizzotto, essas áreas ocupadas concentram-se em bairros como Dom Daniel, Ferrovia, Pisani, Várzea, Passo Fundo, Ipiranga, Morro Grande e na comunidade do Morro da Querosene. Ele explica que esses locais são, em geral, áreas próximas a bairros estruturados, mas que apresentam características que os diferenciam, como ocupações em locais com restrições ambientais ou áreas sem planejamento urbano.
A análise do IBGE para classificar essas áreas como favelas ou comunidades urbanas leva em conta o tipo de ocupação e a ausência de serviços públicos. Essas áreas são, muitas vezes, autoconstruídas pela população, que, por necessidade, ocupa terrenos de forma não regularizada, sem intervenção do poder público.
“A gente está acostumado a ver esse termo ser utilizado ali nas favelas do Rio de Janeiro, que são ocupações nos morros, mas eventualmente a gente vai ter ocupações sobre áreas de proteção ambiental, em mangues, em rios, em dunas, em várias áreas que o poder público não determinou que aquela área fosse de ocupação para moradia, só que a população, pela necessidade, acaba ocupando e acaba estruturando aquela área de maneira autônoma.”, comenta Ricardo Bizzotto.
A nível nacional, as favelas estão presentes em 656 municípios, com maior concentração na região Sudeste (48,7%), seguida pelo Nordeste (26,8%), Norte (11,6%), Sul (10,4%) e Centro-Oeste (2,5%).
Matéria em colaboração com o repórter Evandro Gioppo, da Rádio Clube.
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