Júri de homem acusado de feminicídio será realizado nesta quinta-feira na Serra
O crime ocorreu em 30 de setembro de 2023
• Atualizado
A comarca de Campo Belo do Sul realiza nesta quinta-feira (24) o júri popular de um homem acusado de matar a companheira com três disparos de arma de fogo. De acordo com a denúncia, dois dos tiros atingiram as costas da vítima. O crime ocorreu em 30 de setembro de 2023, na residência do casal, na presença do filho.
Segundo a acusação, o réu teria cometido o crime por não aceitar o desejo da vítima de terminar o relacionamento. A criança presenciou o assassinato e foi quem acionou a polícia após ser deixada sozinha com a mãe agonizando.
O Ministério Público imputa ao acusado homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O crime
O crime aconteceu no dia 30 de setembro de 2023, na cidade de Capão Alto. Hellen foi morta a tiros pelo ex-marido na frente do filho do casal, que na época tinha 11 anos. A criança correu até a polícia para pedir ajuda, e relatou aos policiais que a mãe e o pai haviam brigado e ela estava caída na garagem. Hellen chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.
O homem, pai da criança, fugiu do local. Ele chegou a se apresentar à Polícia Civil mas foi liberado, e 11 dias depois do crime a justiça decretou a prisão preventiva e ele acabou sendo preso em Balneário Camboriú. O réu aguarda o julgamento no presídio de Lages.
O acusado, de 43 anos, era ex-companheiro da vítima e teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento.
A denúncia
O Ministério Público fez a denúncia à Justiça e o homem virou réu acusado de matar a companheira a tiros. A denúncia do MP apresenta três qualificadoras (feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima) e pode ter a pena aumentada por praticar o assassinato na frente do filho do casal.
Segundo a denúncia da Promotoria de Justiça, o homem cometeu o crime no âmbito da violência doméstica e familiar, o que caracteriza o feminicídio.
“Nesse contexto, ele agiu por motivo torpe, pois não aceitava o fim do relacionamento, e usou uma arma de fogo para atingir a vítima, impossibilitando qualquer tentativa de defesa. O homicídio ocorreu por volta das 22h50, sob os olhares do filho de 11 anos”.
Diz a a denúncia do MP/SC. A promotora de justiça Cassilda Santiago Dallagnolo disse na época do oferecimento da denúncia qual a expectativa para o julgamento.
“As provas são contundentes, e a melhor resposta para esse crime que abalou a comunidade de Capão Alto é uma sentença severa”, disse a promotora.
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