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Feminicídio

Irmãos devem ir a júri popular acusados de planejar e assassinar Ana Kemilli

O crime aconteceu no município de Campo Belo do Sul em 08 de fevereiro de 2021. Ana Kemilli foi asfixiada até a morte pelo ex-namorado

• Atualizado

Rádio Clube

Por Rádio Clube

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Justiça acolheu a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e um casal de irmãos deve ir a júri popular pelo assassinato de Ana Kemilli, de 14 anos em Campo Belo do Sul. Segundo as investigações, o crime aconteceu porque a vítima se recusou a reatar o namoro com um dos réus.

Os dois são acusados por homicídio quadruplamente qualificado: crime contra mulher (feminicídio), motivo torpe (vingança), uso de recurso que dificultou a defesa (emboscada) e meio cruel (asfixia). O homem também é acusado pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menor.

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Entenda o caso:

Entre 2018 e 2019, Ana Kemilli era namorada de um dos acusados, e cunhada da irmã do réu. Com o fim do relacionamento se afastou de ambos. O homem, não aceitou o término e passou a pressionar a adolescente, rondando a casa dela com um revólver e enviando-lhe mensagens ameaçadoras pelo WhatsApp.

Segundo a acusação, o desejo obsessivo somado às respostas negativas motivou o crime. O homem teria planejado e executado o homicídio em 8 de fevereiro de 2021, com a ajuda da irmã e de um adolescente.

O dia do crime:

Parecia só mais uma segunda-feira de verão no Assentamento 17 de Abril. Naquele dia, a mulher foi até a casa de Ana Kemilli com o pretexto de conhecer seu irmãozinho. No final da tarde ela pediu para a adolescente acompanhá-la em parte do trajeto de volta. Ambas caminharam juntas por cerca de 800 metros, então se despediram.

A vítima retornava para casa, mas foi abordada por um adolescente e convencida a caminhar até uma área de vegetação. O ex-namorado a esperava escondido. A adolescente foi levada à força mata adentro, amarrada em uma árvore e estrangulada até a morte. O corpo foi encontrado dois dias depois por moradores do assentamento, coberto por folhas, após intensas buscas envolvendo amigos, familiares e órgãos de segurança.

A Polícia Civil iniciou as investigações, e dias depois o adolescente assumiu o crime, mas os elementos coletados indicaram o envolvimento de pelo menos mais uma pessoa. O homem foi preso preventivamente em 17 de junho de 2021 e desde então está no Presídio Masculino de Lages, à disposição da Justiça. A irmã foi indiciada por participação no crime.

A Promotora de Justiça da Comarca de Campo Belo do Sul, Raíza Alves Rezende, está conduzindo a acusação.

“Mais uma etapa foi alcançada em busca de justiça pela memória da adolescente. O crime foi bárbaro e o Ministério Público atuará em plenário para mostrar a necessidade de uma punição à altura”, diz.

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