Hospital Infantil de Lages inaugura ala psiquiátrica
A criação dos leitos de saúde mental foi objeto de um cumprimento de sentença em processo ajuizado pelo Ministério Público, em 2017
• Atualizado
A inauguração aconteceu nesta segunda-feira (19), no Hospital Seara do Bem, uma das unidades referência no atendimento pediátrico em Santa Catarina. A ala tem 10 leitos, sendo cinco femininos e outros cinco masculinos, para internação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de crianças e adolescentes com transtornos mentais e dependência química.
A criação dos leitos de saúde mental foi objeto de um cumprimento de sentença em processo ajuizado pelo Ministério Público, em 2017. Em audiência, no ano seguinte, houve um acordo judicial entre direção do hospital e Secretaria Estadual de Saúde no qual previa a implantação dos serviços de psiquiatria no Seara do Bem.
Em janeiro de 2021 foi aprovado o serviço hospitalar de referência para atenção integral à pessoa com sofrimento ou transtorno mental e necessidade de saúde decorrente do uso de álcool, crack e outras drogas, apenas as cidades catarinenses de Joinville e Itajaí possuem leitos para atender essa especialidade.
A unidade de saúde mental recebeu o nome do médico Moacir José Cucco, profissional que atuou por 44 anos na unidade, morto em 2020 vítima do coronavírus. O Seara do Bem tem 55 anos.
“Somos um hospital humanizado, promovendo inovações nos serviços oferecidos à sociedade e que, desde os idos de sua fundação, se dedica ao atendimento da criança e do adolescente”, diz o médico Wilson Ribeiro dos Santos, presidente do Hospital Seara do Bem, sobre a ocupação do espaço dedicado à psiquiatria.
Ele completa dizendo:
“Tendo em vista o clamor da sociedade, diante dos problemas que enfrenta com a disseminação das drogas e consequências dos seus resultados com nossos infantes, e em auxílio ao chamado do Poder Judiciário para que o Estado pudesse abrigar esses jovens, o Hospital Infantil propôs-se oferecer o espaço para o acolhimento. Hoje, finalmente, estamos inaugurando essa ala”.
Fonte: NCI/TJSC – Taina Borges – Serra e Meio-Oeste
Com supervisão de Alessandra Simionato
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