Homem que matou jovem em boate de Lages é condenado a 17 anos de prisão
Além do assassinato, ele também foi condenado por tentativa de homicídio a outro jovem
• Atualizado
![Foto: TJSC Foto: TJSC](https://scc10.com.br/wp-content/uploads/2024/07/Homem-que-matou-jovem-em-boate-de-Lages-e-condenado-a-17-anos-de-prisao.png)
Um homem de 20 anos foi condenado a 17 anos de reclusão em regime fechado, por matar outro homem, de 24 anos, a tiros no dia 11 de fevereiro de 2023, em uma boate no centro de Lages.
O júri aconteceu nesta quinta-feira (11). A tia da vítima sentou-se na primeira fila do Tribunal, chorou durante todo o julgamento e carregou a dor de uma família enlutada. Ela conversou com o sobrinho horas antes do crime e foi acordada de madrugada para reconhecer o corpo.
“Fomos criados praticamente juntos e éramos muito apegados. Ele deixou dois bebês órfãos e uma mãe depressiva. Nossa família está tentando se refazer, mas não é fácil”, desabafou a tia da vítima.
O jovem foi morto a tiros a 600 metros da saída de uma boate. Uma das balas também atingiu outro jovem de 18 anos, que ficou com sequelas. O réu foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
O Promotor de Justiça Fabrício Nunes conduziu a acusação, apresentando aos jurados as provas coletadas pela Polícia Científica durante o processo investigatório e pedindo a condenação do réu. “Toda pessoa carrega dentro de si o DNA da humanidade, por isso os homicídios tentados ou consumados são um ataque contra o que somos e não podem ser relativizados nem ficar impunes”, afirmou o promotor.
Segundo consta nos autos, dois grupos se envolveram em uma briga dentro da boate, que fica no cruzamento das ruas Correia Pinto e Emiliano Ramos, no Centro de Lages. Mais tarde, o réu foi até o carro, sacou uma pistola nove milímetros com a numeração raspada e começou a atirar no desafeto de 24 anos enquanto o público deixava o estabelecimento. Câmeras de monitoramento registraram o pânico e a correria nas ruas. Foram oito disparos. Três deles atingiram a vítima, que não resistiu aos disparos.
Outro tiro encontrou a perna do jovem de 18 anos que esperava pelo pai. Ele precisou passar por uma cirurgia e caminha com dificuldade até hoje. O MPSC interpretou o episódio como tentativa de homicídio, com base no artigo 73 do Código Penal: “Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela”.
A sessão do Tribunal do Júri teve cinco horas e meia de duração e o réu foi sentenciado a 17 anos de reclusão em regime fechado. Ele também já foi condenado por tráfico de drogas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, porte ilegal de armas e ameaça à ex-companheira.
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