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Justiça feita!

Homem que estuprou, matou e enterrou jovem na Serra é condenado

O julgamento, um dos mais aguardados da região serrana, ocorreu nesta quinta-feira (13)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto 1: Julia Paes Antonello/reprodução redes sociais | Foto 2: Freepink/reprodução
Foto 1: Julia Paes Antonello/reprodução redes sociais | Foto 2: Freepink/reprodução

O Tribunal do Júri condenou a 30 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, um homem de 40 anos pelo estupro, assassinato e ocultação do corpo de Júlia Paes Antonello, de 19 anos. O crime aconteceu em agosto de 2023, mas o corpo só foi encontrado cinco meses depois, em estado avançado de decomposição.

O julgamento, um dos mais aguardados da região serrana, ocorreu nesta quinta-feira (13), no fórum de São Joaquim. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o réu por homicídio quadruplamente qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e fraude processual.

Homem que estuprou, matou e enterrou jovem na Serra é condenado

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o réu abusou sexualmente da vítima e a estrangulou até a morte. Em seguida, enrolou o corpo da jovem em um tapete e o enterrou na localidade rural de Rabungo. Para eliminar provas, destruiu seu celular e suas roupas, além de lavar o carro com produtos químicos para apagar vestígios de sangue.

A família acreditava que Júlia estava desaparecida, sem saber que ela já estava morta. Somente após exames periciais na arcada dentária foi possível confirmar sua identidade.

Quando o corpo foi localizado, o acusado já estava preso preventivamente pela morte da ex-companheira, assassinada na frente dos filhos. Esse segundo crime ainda será julgado pelo Tribunal do Júri, mas as investigações dele foram fundamentais para esclarecer a morte de Júlia.

A Promotora de Justiça Stephani Gaeta Sanches apresentou aos jurados as provas da investigação e pediu a condenação. “Quando alguém que cometeu um crime é absolvido, automaticamente as pessoas de bem são afetadas”, afirmou.

A defesa tentou argumentar que o réu não teve intenção de matar a vítima, mas os jurados rejeitaram completamente essa tese. Ele foi condenado por feminicídio, asfixia, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e motivação para ocultar outro crime (o estupro).

Com a sentença lida, o réu foi reconduzido ao presídio e não poderá recorrer em liberdade. “A justiça por Júlia foi feita. Agora, nossa missão é buscar a condenação pelo crime contra a ex-companheira. Seguiremos firmes para que todas as vítimas tenham sua voz ouvida”, afirma a Promotora.

Vale ressaltar que o crime ocorreu antes da Lei n. 14.994, que transformou o feminicídio em crime autônomo. Assim, o réu foi denunciado conforme a legislação anterior, na qual o feminicídio era uma qualificadora do homicídio.

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