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Investigação

Gaeco cumpre buscas da operação Mensageiro em Lages

Em dezembro de 2022, cidade já foi alvo de operação que apura crimes no setor de coleta e destinação de lixo

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

 Foto: Reprodução/Redes Sociais.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

O Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) está na manhã desta quinta-feira (2) em Lages, na Serra Catarinense. Os agentes teriam ido na Prefeitura Municipal e em residências de servidores públicos para cumprir buscas que foram expedidas depois da análise de depoimentos das testemunhas, dos investigados e das provas coletadas da operação “Mensageiro”, deflagrada em dezembro de 2022.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o grupo está cumprindo quatro mandados de prisões preventivas e 14 mandados de busca e apreensão no Estado. As prisões e apreensões, na manhã desta quinta, fazem parte da 2ª fase da operação. As novas ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) estão sendo executadas em municípios do Sul e da Serra Catarinense.

Na próxima terça-feira (7), a operação completará dois meses e as 16 pessoas detidas continuam presas. De acordo com informações extraoficiais, pelo menos três secretários e dois servidores públicos de Lages estão sendo investigados. As ordens judiciais foram requeridas pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e pelo GEAC do MPSC, e deferidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Entenda a operação

A Operação foi deflagrada no início de dezembro de 2022 para apurar a suspeita de fraude em licitações, casos de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta de lixo em Santa Catarina. Na operação, 20 municípios estão sendo investigados, mas os mandados de busca, apreensão e prisão foram cumpridos em 30 cidades mais no Distrito Federal.

Segundo o MP, a operação contra fraudes na coleta de lixo ocorreu nos municípios: Joinville, Três Barras, Mafra, Brusque, Imbituba, Campo Alegre, Pien (PR), Lages, Pescaria Brava, Canoinhas, Laguna, Imaruí, Braço do Norte, Tubarão, Capirvari de Baixo, Agrolândia, Apiúna, Ibirama, Presidente Getúlio, Três Barras, Corupá, Itapoá, Barra Velha, Schroeder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas e Bela Vista do Toldo.

A operação é comandada pelo GAECO (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público de Santa Catarina.

Nota da empresa

No dia 8 de dezembro, a empresa Serra Engenharia, responsável pela coleta do lixo, emitiu um comunicado afirmando que está colaborando e auxiliando com as investigações da operação. De acordo com o documento, os serviços de coleta e destinação de resíduos continuam sendo executados normalmente pela empresa. Confira a nota completa:

“O Grupo Serrana, sempre prezando pela transparência e pela integridade de todos os colaboradores e processos da empresa, informa que ainda não teve acesso a íntegra do processo, mas está colaborando e auxiliando com as investigações para que tudo seja esclarecido o mais breve possível.

Nossa trajetória de mais de trinta anos em Santa Catarina sempre foi marcada pelo compromisso ético e integridade nos serviços prestados à sociedade.

Os serviços de coleta e destinação de resíduos seguem sendo executados normalmente pela empresa“, escreveu a empresa no comunicado.

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