Em Lages, todo dia, 3 mulheres pedem medidas protetivas contra agressores
De 1º de janeiro de 2022, até o dia 22 de agosto foram 792, uma média de três mulheres por dia fizeram esse pedido
• Atualizado
O juiz Alexandre Takaschima, titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Lages, e a psicóloga forense, Rafaela Marques Feigel, foram convidados a compartilhar conhecimentos em eventos com referência ao “Agosto Lilás”, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher.
O magistrado apresentou, entre outros assuntos, a preocupante estatística que trata do número de mulheres que solicitam medidas protetivas em Lages.
De 1º de janeiro deste ano até o dia 22 de agosto foram 792, uma média de três mulheres por dia fizeram esse pedido. Temos que considerar que estas foram as que buscaram a medida, ou seja, o número de mulheres que sofrem agressões diariamente deve ser muito maior. E isso nos assusta.
Uma das maneiras de mudar esse cenário, aponta, é fazer com que a sociedade reconheça o problema e busque alternativas para enfrentá-lo. Uma proposta apontada durante a sessão pelos convidados que integram o coletivo de enfrentamento às violências contra a mulher é tornar o projeto do grupo reflexivo de homens autores de violência doméstica em um programa municipal.
Rafaela explicou sobre a diferença entre o depoimento especial e a escuta especializada, a importância de fazer uma abordagem respeitosa com crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência doméstica e o modelo de protocolo utilizado na comarca. Em Lages, dados apontam a violência sexual como a forma de agressão mais frequente em depoimentos especiais. Nestes casos, a maioria das pessoas ouvidas é do gênero feminino.
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