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Investigação

“É pão-duro”, diz funcionária sobre dono da Serrana em interrogatório da Mensageiro

O proprietário teria prometido R$ 20 mil à mulher caso uma negociação entre a empresa e a prefeitura se concretizasse

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Durante uma audiência realizada nesta terça-feira (18), uma funcionária da Serrana Engenharia revelou que considerava o dono da empresa, investigada na Operação Mensageiro, como sendo “pão-duro”. A declaração surgiu em resposta a questionamentos sobre uma suposta bonificação de R$ 20 mil que ela receberia caso uma negociação entre a prefeitura e uma empresa do Grupo Serrana se concretizasse. Ela relatou não ter certeza de que o pagamento aconteceria devido à suposta condição do proprietário ser econômico.

A negociação mencionada pela mulher, cujo nome não pode ser revelado devido a uma ordem judicial, envolvia o contrato de licitação para a operação da iluminação pública de Lages. Além dela, uma planilha apreendida pelos agentes do Gaeco detalha que R$ 800 mil seriam destinados a Ceron e R$ 200 mil a Eroni Delfes Arruda, então secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, na mesma negociação.

Responsável pelos processos gerenciais da filial da empresa no município de Lages, a funcionária relatou que lidava com questões relacionadas aos serviços de coleta de resíduos domiciliares e saúde, até em atividades relacionadas aos Recursos Humanos na filial. Além de suas responsabilidades internas na empresa, ela também mencionou que agendava reuniões entre o dono da empresa e os políticos de Lages.

No que diz respeito às mensagens trocadas com o ex-secretário Delfes Rodrigues, que constam no processo, a funcionária informou que o contatava apenas quando era necessário agendar reuniões entre o dono da empresa e políticos, ou quando tinha informações do processo.

Quando questionada pelo advogado do prefeito afastado de Lages, Antonio Ceron, se havia algum indício de que os pagamentos seriam destinados a ele, ela afirmou que tinha conhecimento apenas dos pagamentos direcionados a Jurandi Agostini e Milton Matias, e depois tomou ciência sobre supostos pagamentos a outros secretários.

A funcionária foi uma das várias pessoas ouvidas ao longo dos dois dias de audiências, realizadas entre segunda-feira (17) e esta terça-feira (18). Agora é a vez dos ex-secretários Eroni Delfes Rodrigues e Antonio Cesar Arruda, responsáveis pelas pastas de Serviços Públicos e Meio Ambiente e de Administração e Fazenda, respectivamente, juntamente com o prefeito de Lages, Antonio Ceron, fazerem seus interrogatórios.

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