Censo 2022: Recenseador de Lages protesta por falta de pagamento
O recenseador, publicou vídeos em suas redes sociais denunciando a falta de pagamentos. O coordenador do Censo 2022 se pronunciou
• Atualizado
Um vídeo de um recenseador de Lages que trabalha no Censo 2022 ganhou repercussão nas redes sociais. O servidor público, Gilvan Carvalho de Menezes, descreveu uma série de problemas em relação as condições de trabalho para a execução do Censo, que é realizado pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística.
Entre os problemas está o atraso no pagamento dos salários dos recenseadores, algo que vem gerando reclamações em diversas partes do país.
Tanto que o próprio IBGE, informou que estava ciente dos problemas, relatados desde agosto, e uma nova forma de pagamento estava sendo implantada agora em setembro.
No caso do recenseador de Lages, Gilvan, além do atraso salarial outros problemas foram verificados, ele foi até o centro da cidade reivindicar e depois do ato afirma que foi perseguido e afastado do trabalho.
Estou trabalhando como recenseador desde o dia primeiro de agosto. Desde lá pra cá eu venho questionado algumas coisas do edital e que eu não estou percebendo no meu trabalho em relação ao fechamento de setor, em relação a valores prévios que o recenseador deve saber antes de começar o trabalho. Informações que deveriam ser passadas no treinamento e que você descobre em campo porque não houve assim a transparência devida e prevista. E em virtude disso, por estar questionando esses atrasos de ajuda de custo e atraso de pagamento, até hoje a gente não tem nem previsão de quando o dinheiro vai cair na conta. Após eu me informar, entrar em contato, mandar um convite para um grupo, para outros recenseadores, porque o grupo que eles criaram só eles podem falar. São problemas organizacionais e que estão acontecendo em várias partes do país com vários recenseadores, não é um caso isolado. E eu ao entrar em contato com os outros recenseadores pra informar sobre estes estas questões, passou a acontecer essa perseguição. Desde a semana passada eu fui retirado de um grupo, que era da minha supervisora, por dizer que estava acontecendo esses problemas no restante do país que não era só aqui, que não era só com a gente. Eu fui conversar com eles no outro dia, eles reconheceram os problemas informaram realmente que tem muitas dificuldade e pensei que estava tudo bem trabalhando normalmente, nem criei o grupo nem nada.
Gilvan afirma que sofreu perseguição por estar denunciado um problema.
Em virtude do atraso de pagamento, dele ter ameaçado vir aqui em casa ele disse que precisava do meu colete e do meu DMC (Dispositivo móvel de Coleta) sem justa causa, sem nenhuma comunicação prévia, sem nada, sem motivo nenhum. Foi quando eu fui pro terminal, expor a situação, a injustiça que eu estava sofrendo. E que está prejudicando sim a qualidade do senso demográfico e está precarizando também o trabalho do recenseador. Então eu espero que a população tome conhecimento disso que as autoridades competentes estejam conscientes. Porque esse é um serviço público prestado a toda população. Uma das maiores pesquisas do país e mais importantes, que resulta em políticas públicas.
A Rádio Clube de Lages entrou em contato com o coordenador do Censo 2022, Paulo Peruzzo, para saber informações sobre o caso. Segundo Paulo, o recenseador Gilvan Carvalho Menezes não está desligado dos serviços e ainda explica que a forma como Gilvan se manifestou feriu o estatuto do servidor público federal temporário.
Paulo Peruzzo, fala que foram feitas reuniões para conversar com o Gilvan, em uma delas havia sido solicitado que ele entregasse os equipamentos, colete e o dispositivo móvel de coleta de dados do Censo, para uma conversa posterior, ao se negar de entregar o equipamento foi acionado a Polícia Federal, pois é a quem compete, já que o IBGE é um órgão federal. Peruzzo também confirmou os problemas com o pagamento dos recenseadores.
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