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Matou e tirou a própira vida!

Candidato a vereador é identificado como autor de feminicídio na Serra

Após o crime, o autor tirou a própria vida

• Atualizado

Alessandra Simionato

Por Alessandra Simionato

Rádio Clube

Por Rádio Clube

A mulher foi morta com uma facada na barriga | Foto: TSE/Nylcynho Mota/redes sociais
A mulher foi morta com uma facada na barriga | Foto: TSE/Nylcynho Mota/redes sociais

Identificado como Luis Carlos Santos Varela, ou Luizinho, o candidato a vereador e autor do assassinato da esposa Cristiane Aguiar de 25 anos. O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (04), em Anita Garibaldi, na Serra Catarinense.

Segundo informações da Polícia Militar, o assassinato aconteceu no bairro Glória. Luis Carlos de 34 anos possuía boletins policiais por lesão corporal contra mulher, ameaça e estelionato acertou um golpe de faca na região da barriga de sua companheira.

A vítima foi encaminhada ao hospital, porém não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Após o crime, o
autor cometeu suicídio com um disparo de arma de fogo.

Luis Carlos Santos Varela está cadastrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e participava da corrida eleitoral como candidato a vereador do município de Anita Garibaldi pelo partido Republicanos.

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Violência contra a mulher representa 21% das chamadas ao 190 em Lages, aponta levantamento

Um levantamento divulgado pela Rede Catarina de Proteção às Mulheres, projeto integrado à Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), revelou um dado alarmante: 21% das ligações recebidas pelo Centro de Operações Policiais Militares (Cobom) de Lages são denúncias de agressão contra mulheres. Esses números evidenciam a persistência da violência de gênero e a necessidade urgente de políticas de proteção na região.

O cabo Thiago Abreu, um dos coordenadores da Rede Catarina em Lages, destacou a gravidade da situação: “Nós temos aproximadamente 21% das chamadas para a Polícia Militar, o 190, relacionadas a ocorrências de violência doméstica. São números assustadores. Lages pode ter uma quantidade de registros um pouco menor em números absolutos, mas quando consideramos a quantidade por habitantes, esse número salta, colocando a região serrana entre as mais violentas.”

O policial também ressalta sobre os casos de feminicídio: “Outro dado também importante são os casos de feminicídio, no qual 87,3% dos casos a mulher não fez uma denúncia, uma medida protetiva. Então, o número de denúncias é muito baixo, estamos falando em 12,7% dos casos em que a mulher denuncia.”, afirma o cabo Thiago Abreu.

A violência doméstica, de acordo com a lei, vai além da agressão física. Ela se manifesta de diversas formas, muitas vezes não reconhecidas pela própria vítima. A cabo Rúbia, também coordenadora da Rede Catarina, explica que existem cinco tipos de violência doméstica: psicológica, moral, sexual, patrimonial e física, e que é extremamente importante encorajar as vítimas a procurar ajuda: “Atendemos muitas mulheres que levam anos, até décadas, para denunciar. Por isso, é fundamental conscientizar e encorajar as vítimas a buscar ajuda.”

Se você sofreu ou presenciou algum caso de violência contra a mulher, pode buscar ajuda pelos seguintes canais:

  • Delegacias especializadas de atendimento à mulher;
  • 190, em casos de emergência para acionar a Polícia Militar;
  • 180, a Central de Atendimento à Mulher, que recebe denúncias, orienta sobre direitos e encaminha as vítimas para outros serviços;
  • Em Lages, o Disque 100 também está disponível, além do WhatsApp (49) 98839-0772. 

Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo de violência.

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