Câmara de Lages rejeita denúncia e livra prefeito de processo de impeachment
Professores municipais exigem o pagamento do piso nacional do magistério
• Atualizado
Com o plenário lotado e sob protestos, a Câmara de Lages rejeitou a denúncia que pedia um processo de impeachment contra o prefeito em exercício, Juliano Polese, nesta terça-feira (2). O pedido foi motivado após o não pagamento do piso de R$ 4.420,55 conforme o reajuste estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Protocolada por um grupo de professores da rede municipal de educação no dia 27 de abril, para ser aprovada, a denúncia precisava de, no mínimo, nove votos. No entanto, o pedido de cassação teve o apoio de apenas cinco vereadores. A principal contra-argumentação alegada foi de que as contas públicas do município não suportariam a proporção do piso e teriam um desequilíbrio anual.
Veja os vereadores que votaram contra a denúncia:
- José Osni (Podemos)
- Heron Souza (PSD)
- Enio do Vime (PSD)
- Agnelo Miranda (PSD)
- Ozair Coelho (PSD)
- Nei Casa Nossa (Republicanos)
- Katsumi Yamaguchi (Progressistas)
- Ademar Waltrick (Progressistas)
- Gerson Omar dos Santos (PSD)
- Roberto Roque (União Brasil)
Veja os vereadores que votaram a favor da denúncia:
- Jair Junior (Podemos)
- Leandro do Amendoim (PL)
- Suzana Duarte (Cidadania)
- Profª. Elaine Moraes (Cidadania)
- Bruno Hartmann (Podemos)
“Descaso do poder público”, afirma presidente do SIMPROEL
A presidente do Sindicato Municipal dos Profissionais em Educação de Lages (SIMPROEL) e vereadora de Lages, Elaine de Moraes (Cidadania), afirma que os profissionais não recebem o piso salarial mínimo do magistério desde 2022. A representante diz haver um “descaso do poder público” com a classe.
“É uma forma de manifestar toda a indignação contra o descaso do poder público com a educação do município de Lages. Desde 2022, o prefeito não paga o piso nacional mínimo do magistério da rede pública municipal”, disse Elaine.
A assessoria da prefeitura de Lages afirmou à reportagem que não há Lei determinando o pagamento do piso, mas, sim, um decreto. Disse ainda que o sindicato se retirou das negociações e entrou com um pedido de impechment num ato “eminente político e não de quem tem interesse em diálogo”. De acordo com o órgão, a prefeitura está aberta ao diálogo com a comissão nomeada.
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