Caixão é depredado, queimado e ossada é exposta em cemitério de Lages
Ossada foi encontrada em um caixão desenterrado
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No Cemitério Santa Terezinha, em Lages, algumas pessoas parecem não ter descanso mesmo após a morte. Durante a cerimônia de um enterro na última semana, a comunidade do Salto do Rio Caveiras, interior da cidade serrana, percebeu um caixão depredado, queimado e com os ossos expostos no interior do local.
A cena gerou preocupação e indignação da comunidade, que reivindica mais segurança, limpeza e manutenção do cemitério municipal, administrado pela prefeitura de Lages. A moradora Dona Maria Heloisa da Silva, 60 anos, sepultou o pai, a mãe, o irmão, o cunhado, o avô e um tio no fossário. Agora, disse estar aflita com a ação dos vândalos.
“Nasci e me criei aqui. Nunca tinha visto algo assim antes. A gente se sente mal. Assim como fizeram para essas pessoas, podem fazer para a gente também. Viemos seguido no cemitério para ver os parentes e acabamos presenciando essas cenas tristes”, disse Dona Maria.
Imagens encaminhadas à reportagem da Rádio Clube de Lages mostram a ossada dentro de um caixão que foi desenterrado, depredado e queimado.
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Falta de segurança no cemitério
Os moradores afirmam que foi a primeira vez que uma ação de vandalismo foi vista no cemitério. Por ser à noite, a prática é facilitada, já que não há iluminação adequada no local e os autores não são identificados para as providências necessárias.
As reivindicações da população é de que seja implantada uma tranca no portão de entrada; o muro que cerca o local, seja aumentado; uma tela de proteção no entorno; e a entrada de acesso ao cemitério, seja melhorada com uma estrada adequada e não de chão, que em dias de chuva, desliza e causa transtornos.
Cemitério será melhorado e fiscalizado, afirma responsável
De acordo com o gerente de cemitérios de Lages, Anderson de Liz, que atua junto à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, uma porteira com cadeado será implantada na entrada do cemitério.
“Vamos fazer a retirada dos materiais, da caixa. Fazer uma limpeza total. Última limpeza que fizemos foi no dia 30 de março para a Sexta-feira Santa, em todos os cemitérios do interior. Como são nove nesses locais, a gente acaba passando em 30 dias para fazer a roçada, limpeza e coleta de lixo”, disse Anderson.
O gerente ainda explica que os terrenos dos cemitérios interioranos tem origem de doação e eram administrados pela própria população. Agora, sob administração da prefeitura, o órgão vai fiscalizar e acompanhar as ações junto aos moradores da localidade do Santo do Rio Caveiras.
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