Após comunidade liberar Serra do Corvo Branco, trecho volta a ser bloqueado
Comunidade da Serra do Corvo branco liberou o trecho em manifestação, mas o Governo do Estado voltou a bloquear a rodovia por questões de segurança.
• Atualizado
Após a comunidade liberar o trecho da SC-370, na Serra do Corvo Branco, na quarta-feira (1), o local voltou a ser bloqueado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE) de Santa Catarina, nesta quinta-feira (2).
O governo diz que o novo bloqueio foi feito por questões de segurança.
A Serra foi totalmente interditada no dia 4 de maio por conta das chuvas que atingiram a região e provocaram deslizamentos e perda estrutural de partes da pista. No último domingo (29), um novo desmoronamento foi identificado pela SIE.
Na manhã de quarta-feira (1º), moradores da região de Urubici e Grão-Pará se reuniram no local, reivindicando a abertura da rodovia. O trajeto é uma importante via para a economia da região, que faz o escoamento da produção agrícola e industrial pela rodovia.
A população pede melhorias nas condições da rodovia, como o asfaltamento do último trecho da SC-370, entre Grão-Pará e Urubici. A demanda é uma causa antiga dos moradores.
“Se em duas horas nós conseguimos abrir a Serra, por que o Estado não fez isso em quase um mês? Hoje [quarta-feira, 1 de junho] caiu uma nova barreira no Serra do Rio do Rastro, mas não deu meia hora e o local já estava sendo limpo. Por que aqui é este descaso, por que não nos tratam da mesma forma, com a mesma atenção?”, questionou o comerciante Vilto Miguel da Silva, durante a liberação da rodovia feita pelos moradores, na quarta-feira (1).
Confira imagens da Serra do Corvo Branco após o novo bloqueio
Governo fala em bloqueio por questões de segurança
A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina informa que a passagem de qualquer tipo de veículo e e pedestres na Serra do Corvo Branco, na SC-370, está proibida por questões de segurança. O bloqueio do trecho, que leva até Grão Pará, será monitorado pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv).
Conforme o governo, nesta quinta-feira, geólogos da Defesa Civil especialistas em desastres, equipes coordenadas pela SIE e representantes do Exército Brasileiro avaliaram a situação no local. O secretário adjunto da SIE, engenheiro Civil Alexandre Martins, alega que materiais rochosos jogados encosta abaixo, durante o protesto de moradores, causou danos à vegetação, que exerce a função de conter as encostas.
“Fechar a Serra do Corvo Branco não é o que nós gostaríamos. Mas é o que é necessário fazer para a segurança das pessoas. Estamos diante de uma situação bastante crítica e que precisa de uma intervenção técnica. A questão nunca foi apenas a limpeza da via, há risco de quedas de rochas, que foi o que aconteceu no último domingo e pode voltar a ocorrer a qualquer momento. Além disso, tivemos perdas de pista e, com as chuvas, podem ocorrer outras”, destaca o secretário de Infraestrutura, tenente-coronel Thiago Vieira.
O Batalhão do Exército de Lages e a SIE avalias a possibilidade de uma detonação da rocha que está em risco. A pasta diz que paralelamente, a empresa contratada trabalha no desmonte a frio da rocha no ponto onde houve perda de pista. O objetivo é abrir caminho para um novo traçado com segurança.
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